O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou um pedido formal para a suspensão cautelar do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A solicitação foi feita na segunda-feira (21) à presidência da Casa e inclui o bloqueio imediato do salário, cotas parlamentares e verbas indenizatórias do parlamentar.
O motivo do pedido é a atuação de Eduardo Bolsonaro durante uma licença parlamentar de 120 dias, concedida em 20 de março de 2025. Segundo Lindbergh, mesmo fora do país, o deputado teria utilizado seu prestígio político e o cargo parlamentar para atacar instituições brasileiras e fazer “campanhas contra o Brasil” em território norte-americano.
O parlamentar petista afirma que Eduardo agiu de forma incompatível com a ética parlamentar, violando o decoro e abusando das prerrogativas constitucionais. Ele também acusa o deputado de traição à soberania nacional ao criticar o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) durante eventos e pronunciamentos nos Estados Unidos.
De acordo com o documento apresentado por Lindbergh Farias, duas representações contra Eduardo Bolsonaro já foram protocoladas no Conselho de Ética da Câmara: uma em 25 de maio e outra em 11 de julho de 2025. Ambas pedem a cassação do mandato do deputado por condutas consideradas lesivas à democracia e ao interesse nacional.
Eduardo vai continuar atuando dos EUA
Em uma live recente, Eduardo Bolsonaro negou qualquer intenção de renunciar ao mandato e afirmou que solicitará ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), autorização para participar das votações de forma remota.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), saiu em defesa do deputado e afirmou que o partido vai agir para garantir a continuidade do mandato de Eduardo. “Ele exercerá esse mandato de onde mora hoje, que é nos Estados Unidos”, declarou.
Zema ficou na bronca
A atuação de Eduardo Bolsonaro também foi alvo de críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Em entrevista ao Estadão, Zema desaprovou a tentativa do deputado de negociar diretamente com o governo norte-americano a revogação das tarifas impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
Segundo Zema, a conduta de Eduardo “não foi a mais correta” e contribuiu para fortalecer politicamente o presidente Lula (PT), que tem crescido nas pesquisas eleitorais. O governador mineiro também criticou a decisão de Trump, afirmando que o ex-presidente americano deveria punir o governo e não o país como um todo. “Ele está penalizando inclusive empresas americanas instaladas aqui”, disse.
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