Após dois dias de impasse e tumulto no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), retomou o comando do Legislativo Federal na noite desta quarta-feira (6) e convocou uma nova sessão para esta quinta-feira, 7 de agosto de 2025, a partir das 12h.
A retomada da presidência ocorreu após forte resistência por parte de deputados bolsonaristas, que desde a última terça-feira (5) ocupavam a Mesa Diretora da Câmara em protesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
Conflito no plenário da Câmara dos Deputados
Hugo Motta conseguiu se sentar na cadeira da presidência somente por volta das 22h20 desta quarta-feira, quase duas horas após o horário marcado para o início da sessão, às 20h30. A chegada até a Mesa foi dificultada por um cordão de parlamentares da oposição, exigindo a intervenção de aliados como Dr. Luizinho (PP-RJ) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL).
O deputado Marcos Pollon (PL-RS), que estava sentado na cadeira de presidente, relutou em deixá-la. Deputados do Centrão precisaram intervir para que Motta pudesse reassumir o posto.
Em discurso no plenário, Hugo Motta condenou a ocupação da Mesa por parlamentares bolsonaristas e criticou a postura da oposição. “Esse tipo de ação não faz bem para o Parlamento. Precisamos focar nas pautas que interessam ao País, não em agendas pessoais ou eleitoreiras”, declarou.
Sessão de quinta-feira deve incluir medida provisória sobre o INSS
A pauta da sessão marcada para esta quinta-feira (7) ainda será divulgada pela Secretaria-Geral da Mesa, mas há expectativa de votação de uma Medida Provisória (MP) que cria um programa para acelerar a análise de pedidos e reduzir a fila do INSS.
Pacote da oposição e crise entre os Poderes
A ocupação da Mesa por bolsonaristas foi uma reação ao que a oposição chamou de “excesso de poder” do STF. Na terça-feira (5), parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciaram o chamado “pacote da paz”, com três propostas centrais:
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Anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro;
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Impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF;
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Fim do foro privilegiado, por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
As propostas ainda não foram formalmente incluídas na pauta da Câmara, mas movimentam os bastidores do Congresso Nacional e devem continuar gerando tensão entre Legislativo, Executivo e Judiciário.
Com informações do Terra
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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