• 10 de dezembro de 2025

Alta rejeição de Arruda sinaliza que o povo não quer mais saber dele

A alta rejeição do eleitor brasiliense ao nome do inelegível ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), na disputa pelo GDF, apontada pela pesquisa divulgada nesta terça-feira (9) pelo instituto Realtime Bigdata, é o sinal mais claro de que o povo não quer mais saber dele. E não é a primeira vez. 

Outras sondagens recentes sobre o cenário eleitoral de 2026 reforçam esse mesmo diagnóstico: Arruda segue com rejeição elevadíssima. Quando se atinge mais de 50% nesse quesito, dificilmente esse quadro é revertido na política.

Após 15 anos desde sua prisão, quando ocupava exatamente a cadeira à qual sonha voltar, nem mesmo o tempo foi capaz de apagar da memória do eleitor brasiliense as falcatruas e o escândalo de corrupção que marcaram sua gestão no Palácio do Buriti.

A leitura das pesquisas até aqui é simples: são reflexos da indignação persistente do cidadão brasiliense com José Roberto Arruda.

É fato que, quando se elegeu, o ex-governador soube montar um time quase perfeito, colocou máquinas nas ruas e anunciou obras e benfeitorias em praticamente todas as regiões administrativas. Não à toa alcançou altíssima popularidade no cargo. 

No entanto, todo esse brilho foi pelo ralo no momento em que os vídeos de Durval Barbosa vieram à tona, seguidos pelos desdobramentos da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Ficou claro que cada obra, contrato ou ação de seu governo servia como cortina de fumaça para esconder a roubalheira.

Quem não se lembra que até as luzes de Natal que iluminavam o DF faziam parte de um esquema de desvio de recursos? Ou dos contratos suspeitos com empresas terceirizadas de TI? Benfeitorias que Arruda jurava ser para a população, mas que, como se viu depois, integravam o plano de seu bando para encher as próprias burras.

A ganância por poder e dinheiro derrubou Arruda num momento em que ele menos esperava. Ao ser preso, ele já preparava a campanha de reeleição, que provavelmente seria vitoriosa se não fosse a Caixa de Pandora.

Hoje, Arruda colhe os frutos de seu próprio governo de tramoias. O povo não o quer mais. Esse oba-oba que ele divulga nas redes sociais, vendendo a narrativa de que estaria sendo bem recebido, é só mais uma ficção. 

O eleitor não pretende passar pano novamente, como fez quando ele violou o painel do Senado em 2001 e renunciou chorando e jurando inocência. Ele teve sua segunda chance na eleição seguinte. Agora, a história é outra.

O eleitor brasiliense não demonstra qualquer disposição de oferecer a José Roberto Arruda uma terceira chance. Chega. Já deu. A fama de político corrupto fala mais alto que o “Arrudinha paz e amor” que circula pelas cidades distribuindo sorrisos fabricados e apertos de mão coreografados.

O recado está dado. Mas, pelo que Arruda demonstra, cercado por uma legião de oportunistas, ele insistirá até o último segundo, tentando registrar candidatura para só então ser barrado. E, como sempre, abandonará seus puxa-sacos pelo caminho, repetindo o roteiro das eleições de 2014, 2018 e 2022.

Quem diria que o político que, no início dos anos 2000, era tratado como sucessor natural de Joaquim Roriz, hoje se tornou praticamente um leproso político. A rejeição é alta e dificilmente será revertida.

Como diria um colega jornalista: Aceita que dói menos, Arruda. Melhor seguir como “UberPai”. O povo não o quer e muito menos vai permitir que ele volte à cena do crime. Ninguém quer assistir à fase dois da Operação Caixa de Pandora.

Charge: Desenvolvida por IA


Acompanhe o Expressão Brasiliense pelas redes sociais.

Dá um like para o #expressaobrasiliense na fanpage do Facebook.

Siga o #expressaobrasiliense no Instagram

Inscreva-se na TV Expressão, o nosso canal do YouTube.

Receba as notícias do Expressão Brasiliense pelo Whatsapp.

Read Previous

Câmara aprova PL da Dosimetria; proposta pode reduzir penas de Bolsonaro e aliados e segue para o Senado

error: A reprodução ou cópia deste conteúdo é proibida sem prévia autorização deste portal.