José Fernando Vilela Derrotada na última campanha, a ex-ministra do governo Bolsonaro e deputada federal Flávia Arruda, agora sem partido, solicitou por meio de carta, na segunda (2), a sua desfiliação do PL, legenda que ela presidiu nos últimos anos aqui no DF.
O pedido de Flávia, coincidentemente, foi feito um dia após ela abraçar o recém-empossado presidente da República, Lula, do PT, no plenário da Câmara dos Deputados, durante solenidade que oficializou o petista no cargo e dizer a ele: estamos juntos, você sabe, né!?.
Considerada aliada de primeira hora de Jair Bolsonaro, a ex-ministra perdeu as eleições ao bater chapa contra a sua colega de Esplanada dos Ministérios, Damares Alves, do Republicanos. Como vai ficar sem mandato a partir de 1º de fevereiro, nos bastidores era especulado que Flávia e seu marido, o ex-governador do DF, José Roberto Arruda, continuassem na sigla a fim de se recomporem politicamente e construíssem um novo caminho para tentar voltar ao poder em 2026.
Além dessa possibilidade dos Arrudas retornarem no próximo pleito mais forte, também estava sendo ventilado nos bastidores que o casal estava prestes a perder o comando do PL no DF para a deputada federal reeleita, Bia Kicis, que é muito mais próxima e possui uma identidade política com o ex-presidente Bolsonaro muito mais forte do que o casal Arruda.
Na carta entregue à cúpula do PL, Flávia Arruda disse que “considerando os fatos das últimas eleições, o posicionamento do partido e meus ideais democráticos, sigo em um novo caminho”.
Nos bastidores, pessoas próximas aos Arrudas acusam a família presidencial de traição por terem deixado Damares Alves se candidatar e ainda liberar os bolsonaristas para apoiar a senadora eleita do Republicanos. “Essa foi uma facada nas costas que nem o Arruda e a Flávia esperavam. Bolsonaro foi medíocre”, disse a fonte arrudista.
Com a saída de Flávia do PL, o comando do partido na capital federal deve ficar com a deputada Bia Kicis, que foi reeleita com mais de 200 mil votos, sendo a mais votada na disputa para o parlamento federal. Há também rumores de que a ex-ministra optou em sair da sigla antes de ser ejetada da cadeira para dar lugar a Bia.
Sem espaço no GDF
Depois de perder as eleições, muita gente dizia que Flávia Arruda seria uma das estrelas do segundo mandato do governo Ibaneis. No entanto, nem Flávia e nem Arruda, e muito menos o seu grupo político, foram contemplados com cargos no GDF. Os atuais secretários de estado do DF que atuaram no governo Arruda e que estão atualmente no governo, já não integram mais o time do casal. Portanto, não são da cota do casal e sim do próprio governador Ibaneis Rocha.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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