• 22 de novembro de 2024

Tecnologia e inteligência para potencializar o negócio

Polos de indústria e desenvolvimento de tecnologia estão espalhados pelo mundo. Muito além do Vale do Silício. No Brasil, diversas hubs de inovação estão a disposição de empresas com soluções para seus negócios.

A cena tecnológica no Brasil impacta todos os setores de produção, incluindo o varejo. A transformação digital e como ela pode impactar a eficiência de uma operação foi tema do painel “Chega de intuição: tecnologia e inteligência para potencializar a eficiência da operação”, do Retail Meeting Days, Varejo e Indústria, do Grupo Padrão.

Roberto Butragueño, diretor de varejo e e-commerce da Nielsen, está há um ano no Brasil e relata que o mercado brasileiro apresenta muita inovação.

“O ecossistema brasileiro de inovação e indústria têm muito material e muito a compartilhar. Poderia participar de diversos eventos nesse assunto, porque se tem muito a compartilhar, a conversar, a compreender. Essa vontade de sair fora, de compartilhar com os outros, de aprender e mostrar o que cada um está fazendo é um desafio”, comenta o executivo.

Luiz Elisio Castello Branco de Melo é presidente do Hortifruti e aponta a mudança de cultura brasileira como um fator preponderante para a incorporação da tecnologia no processo de venda. “Acho que é muito mais a questão de cultura dentro da empresa, de ser um pitcher na companhia em prol da implementação da tecnologia. É um trabalho que a gente tem que catequizar pra usar esse tipo de tecnologia”, complementa.

Trabalhar com informação

Uma aplicação para smartphones ou dispositivos móveis baseada na navegação por satélite, com informação de usuários e detalhes de rotas para uma rede de pessoas. Essa é a proposta do Waze, uma das plataformas mais utilizadas em todo o mundo quando o assunto é mobilidade.

Segundo Leandro Esposito, Country Manager do Waze no Brasil, 20% de todas as rotas traçadas no aplicativo são relacionadas ao consumo. A cada segundo, cinco pessoas são levadas para um varejista. Para o executivo, construir visão através das informações é o mote do Waze desde sua criação.

“O esforço que a gente tem feito é de construir a visão de como usar essas informações, de como usar esse momento para gerar informações. Como a gente cria alavancas mensuráveis para entender qual o melhor momento de comunicar com essas pessoas. O compartilhamento cria tecnologia e ajuda as empresas a usarem esses dados para transformar o negócio”, afirma Leandro.

Franquia, inovação e tecnologia fazem parte do trabalho das Óticas Carol. Raquel Pirola é diretor de marketing e inovação da companhia e comenta sobre o DNA da empresa e a incorporação recente na jornada do cliente.

“É preciso entender em como engajar o franqueado para que ele adote e faça uso disso. Ferramentas e tecnologia são interessantes por si só, então a gente tem que pensar em como trazer soluções que melhorem a vida do consumidor, do balcão e do franqueado”, relata.

Reinvenção

Pensando no consumidor, a Ri Happy iniciou um processo de inovação no relacionamento. Carlos do Prado Fernandes, diretor de operações da empesa, comenta que com a criação de uma loja high tech, as vendas não foram impulsionadas, já que o seu consumidor quer brincar.

“O que a criança quer é brincar. No nosso business a parte lúdica é muito importante, a criança quer brincar. Mas na relação com o nosso cliente final, nós estamos investindo em evento, em loja, em brincadeira e na possibilidade de ela sentir mais o mundo da fantasia, nem sempre pensando na tecnologia”, conta a experiência.

Em relação à experiência dentro da loja, Raquel comenta a diversidade do brasileiro e seu anseio de ser bem atendido na sua jornada.

“É importante cultivar uma cultura que está no chão da loja, varejo não se vive fora da loja. A gente está tornando cada vez mais o atendimento ao cliente mais fluido, tranquilo, rápido, simples. A gente tem que explorar ainda mais a simplicidade do Brasil que tem muito ainda a ser feito. Vamos ter a consciência de não perder o contato do consumidor”, ressalta a diretora.

Tecnologia e inovar pressupõe que se saia de uma zona de conforto. Segundo Roberto Butragueño, o esforço em se mensurar resultados é importante, mas antes disso é preciso pensar em compartilhar.

“Pensar em menos coisas, mas fazer mais rápido e ser mais ousado. Fazer as coisas certas, escolher as batalhas que querem brigar e seguir em frente com a luta de inovar”, acrescenta o executivo.

Luiz completa que as lojas não vão acabar, essa ainda é a realidade.  “Temos que prestar muita atenção eu nós viemos sendo educados com a rapidez da informação. A gente tem que preparar nossos colaboradores de informarem o que seja necessário no seu negócio. Informar cada vez mais o que se faz aquilo e o propósito daquilo. Cada vez mais você tem mais soluções, mais empresas oferecendo, mas tenham foco e vejam se isso vai fazer a diferença no seu negócio”, finaliza.

Fonte: Portal NoVarejo

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