Em 2017, o orçamento da pasta de Ciência e Tecnologia foi reduzido em 45% já no começo do ano. Em relação ao que era investido no setor há oito anos foi de quase 70%, e piorou, nos dois últimos anos, com a política de cortes do atual governo.
Durante o encontro que também comemorava os 70 anos da SBPC, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fundada em 1900, foi citada como exemplo da importância dos investimentos na área. O coordenador de Estratégias de Integração Regional e Nacional da Fiocruz, Wilson Savino, afirma que a fundação é responsável por uma série de descobertas de doenças e vacinas que salvaram milhões de pessoas, como o mais recente, Zika vírus.
“É preciso que se diga que os investimentos na área de ciência e tecnologia são efetivamente investimentos e não gastos. O que nós estamos fazendo com os recursos recebidos, na verdade devolvemos ao país”, destaca Savino.
O presidente da (SBPC), Ildeu de Castro Moreira, declarou que o Brasil dispõe de uma enorme capacidade tecnológica eficaz em diversos setores, como na agricultura, aeronáutica e no ramo petroleiro, que além de desenvolver o país, promove empregos. “Hoje, o conhecimento é uma coisa essencial pra gente fazer exportação de produtos com maior valor agregado”, afirma Moreira.
Para os especialistas, o caminho para reverter o contingenciamento no setor passa pela aprovação do Projeto de Lei 5876/2016, que regulamenta a destinação de 25% do Fundo Social do pré-sal para o investimento nas áreas de ciência e tecnologia. O PL aguarda há um mês o parecer do relator da Comissão de Finanças e Tributação (CFT), deputado Eduardo Cury (PSDB-SP).
Matéria do site Vermelho
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