• 22 de novembro de 2024

Força-tarefa da Saúde possibilita melhor atendimento à população do DF

A vida de Eliete Alves, 50 anos, mudou desde que ela fez uma cirurgia de gastroplastia, mais conhecida como bariátrica, no mês passado. Diabética há nove anos, ela precisava do procedimento para controlar a doença, mas amargava a espera há um ano e meio na rede pública da capital. Graças à força-tarefa realizada nos seis meses da gestão do Governo do Distrito Federal (GDF), ela é uma das 31.162 pessoas que, enfim, tiveram acesso a procedimentos cirúrgicos. A conquista é parte dos feitos dos primeiros 180 dias de governo.

Entre 1º de janeiro e 30 de junho, 14 hospitais públicos da capital fizeram um verdadeiro esforço concentrado para minimizar um dos maiores gargalos históricos da rede. Ao todo, 13.557 pacientes saíram das filas de espera por cirurgias eletivas, como Eliete, e outros 16.889 foram atendidos em regime de urgência e emergência.

Moradora de Sobradinho, a garçonete Eliete conta que teve que conviver com o medo de a glicose subir a cada refeição. “Hoje em dia tenho uma rotina mais tranquila. Até a insulina eu não preciso mais tomar, apenas um remédio que aos poucos será retirado do meu dia a dia”, comemora. Como ela, Sheyla Ferreira, 46 anos, aguardava por uma operação de vesícula há um ano e cinco meses.

A pedagoga veio do interior de Minas Gerais há oito anos em busca de tratamento contra a obesidade, mas, em 2017 um diagnóstico atrapalhou os planos. Ela descobriu que tinha pedras na vesícula que precisavam ser retiradas. A solução demorou. “Em novembro de 2018 o hospital me informou que a lista de espera tinha sido extinta. Eu precisei fazer uma série de exames para comprovar a urgência”, conta.

Depois de tantas idas e vindas, a moradora de Taguatinga Norte conseguiu realizar o procedimento no hospital regional da cidade em abril deste ano. “Foi um dos dias mais felizes da minha vida!”, celebra.

Diagnóstico à cirurgia em um mês 

Em janeiro deste ano, Antônio Arnaldo, 54 anos, procurou o Hospital Regional de Sobradinho (HRS) quando sentiu sentiu um incômodo nos rins. Ao fazer check-up, o diagnóstico assustou: ele estava com câncer. Com o resultado em mãos, o administrador procurou especialistas que foram categóricos. Ele tinha que fazer a retirada total do órgão, um procedimento conhecido como nefrectomia. Graças ao arregaçar de mangas da Saúde, sua cirurgia foi realizada um mês após a primeira consulta.

“Foi excelente. A equipe não deixa nada a desejar aos grandes hospitais do país. Em cinco dias eu estava em casa”, comenta o paciente. Para ele, o sistema de saúde pública da capital funciona bem, mas precisa de ajuda da população. “O negócio é que as pessoas não fazem a prevenção e já vão direto para o pronto-socorro, tornando a saúde um caos”, acrescenta Antônio, que agora faz os acompanhamentos regularmente.

Antônio Arnaldo comemora o sucesso de uma cirurgia emergencial feita no Hospital Regional de Sobradinho: “A equipe não deixa nada a desejar aos grandes hospitais do país. Em cinco dias eu estava em casa”,/ Foto: Paulo Tavares / Agência Brasília

Melhorias para a população

Em seis meses, o Fundo de Saúde do Distrito Federal (FSDF) foi responsável por pagar R$ 3.817.226.285,74 em despesas totais, que vão desde contratos e serviços até pagamento de pessoal, como pecúnias que deveriam ter sido quitadas em gestões anteriores.

Colocando as contas em dia com os fornecedores, a confiança do mercado foi resgatada. Segundo a Secretaria de Saúde, isso já reflete em agilidade e economia nas novas compras e contratos. No período, 27.073 processos tramitaram e 85% foram concluídos, com 5.120 notas de empenho geradas.

O cuidado com os pacientes também é demonstrado na melhoria das estruturas físicas. Nos 180 dias do primeiro semestre, foram adquiridos 12.194 itens de mobiliário, como longarinas para salas de espera, cadeiras fixas e giratórias, armários, mesas e estação de trabalho. Ao todo, foram R$ 5.362.530,82 distribuídos para 173 unidades básicas de saúde (UBS) da rede.

Ao mesmo tempo, foram entregues três novas UBS: em Planaltina, em Santa Maria e na Estrutural. No Recanto das Emas, em Samambaia e no Riacho Fundo II as obras foram iniciadas ao custo de aproximadamente R$ 10 milhões. A previsão é que as comunidades tenham os prédios entregues até o fim do ano.

Mais atenção com economia

Uma das grandes prioridades do governador Ibaneis Rocha, a atenção da gestão à Saúde se reflete nas contas públicas. Segundo a Saúde, somente em contrato de limpeza, os gastos da gestão no período dos primeiros seis meses representam uma economia de R$ 7.430.801,11 em comparação aos anteriores. O aumento de vagas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da rede pública alcançou R$ 3.595.293 por mês. Foram R$ 21.571.758 em seis meses.

Isso foi possível a partir da ampliação de vagas do serviço de atenção domiciliar de alta complexidade, que passou de 50, em 2018, para 70, em 2019. Com isso, as vagas antes tomadas foram liberadas para novos pacientes. Na prática, equivale à disponibilização de 30 novos leitos.

Fator IGESDF

As melhorias no setor de Saúde sob a gestão Ibaneis Rocha não são obra do acaso. Considerado uma das maiores inovações em gestão hospitalar pública do país, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), parceiro do GDF, apresenta um balanço positivo de ações traçadas para ampliar a qualidade de atendimento à população neste primeiro semestre.

São diversas frentes de trabalho para melhorar o funcionamento das oito unidades de saúde sob gestão do Iges-DF, que são o Hospital de Base (IHBDF), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)  do DF. As três medidas principais adotadas foram a reforma e manutenção das infraestruturas, o abastecimento de medicamentos e insumos e a contratação de mais de 2,4 mil profissionais para reforçar a mão de obra.

Toda a mudança começou após a criação do Iges-DF, instituído com a aprovação do Projeto de Lei Nº 1/2019, que foi enviado pelo governador Ibaneis à Câmara Legislativa do DF (CLDF). Votado e aprovado em 24 de janeiro de 2019, o texto sancionado na Lei Nº 6.270, de 30 de janeiro de 2019, ampliou o modelo, incluindo, além do Hospital de Base (IHBDF), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e as seis unidades de pronto atendimento (UPAs).

O Iges-DF é um Serviço Social Autônomo (SSA), ou seja, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública. O instituto possui regulamentos próprios para contratação de recursos humanos e aquisição de bens e serviços, o que lhe permite dar uma resposta mais célere para a população do DF. O modelo de gestão é menos burocrático, conta com autonomia financeira e ferramentas administrativas mais ágeis.

Fonte: Agência Brasília

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