O governo do Distrito Federal (GDF) reuniu, nesta terça-feira (14), as principais autoridades envolvidas no combate ao coronavírus para fazer um balanço das ações que estão sendo desenvolvidas para a Imprensa. A coletiva foi transmitida pelas redes sociais do governo e durou cerca de uma hora. Participaram da entrevista o secretário de Saúde, Francisco Araújo, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, o presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Jean Lima, e o subsecretário de Inovação da Casa Civil, Paulo Medeiro.
Atualmente, o DF chegou a marca de mais de 73 mil casos confirmados da doença e 958 pessoas morreram vítimas da covid. O secretário de Saúde reforçou a necessidade da população continuar se cuidando para que o vírus não se espalhe mais. “É importante que a população também faça sua parte porque a covid é uma doença perigosa, ela mata”, alertou ao citar que o GDF está fazendo a sua. Ele ainda acrescentou. “Nós queremos é sair dessa pandemia protegendo os habitantes da nossa cidade”, enfatizou Araújo.
Francisco Araújo destacou que a corajosa medida adotada pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), em decretar a quarentena, ainda em março, foi importante para que o governo pudesse agir. O chefe da pasta da Saúde lembrou, que antes da pandemia, o DF possuía um pouco mais de 300 leitos de UTI na regulação normal e, hoje, esse número já é bem maior. “Nós criamos uma estrutura dentro do sistema de saúde para montar leitos de covid de acordo com as portarias que preconizam o Ministério da Saúde”, disse Francisco.
Já o presidente da Codeplan explicou que, pelas projeções e estimativas feitas por técnicos, o Distrito Federal está no ápice da pandemia.
“A gente está vivendo o pico. Estamos em uma espécie de platô [termo usado por especialistas quando a curva da doença se estabiliza]. Não dá pra estimar exatamente quando vai começar a queda, mas até o dia 25 devemos manter o patamar de padrão de crescimento diário”, disse.
Quanto a falta de testes rápidos nas unidades hospitalares da rede, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, informou que o DF foi quem mais realizou testes em sua população. “Não houve interrupção de testes. Atualmente, temos 463 mil pessoas testadas – incluindo rápidos nas diversas modalidades, como PCR”, explicou Hage.
Em relação aos hospitais de campanha, o GDF conta atualmente com uma unidade no Estádio Mané Garrincha e deve inaugurar outras instalações temporárias no hospital da PM e no Complexo Penitenciário da Papuda nos próximos dias. Ontem, ao inaugurar o Hospital Modular de Ceilândia, construído por meio de uma parceria do governo com a iniciativa privada, Ibaneis Rocha assinou a ordem de serviço para iniciar as obras de um hospital de campanha na Região Administrativa. O governo lamentou que a Fecomércio-DF não tenha conseguido erguer o hospital de campanha que fora prometido com 400 leitos para atender a população do DF.
Sobre a flexibilização do isolamento social e a volta do funcionamento de escolas, bares, restaurantes, salões, academias, entre outras atividades, os representantes do GDF esclareceram que as medidas foram adotadas com base em estimativas e estudos feitos por técnicos de cada setor do governo, em especial, da área da saúde.
Por José Fernando Vilela
