No momento em que o Brasil continua a registrar recordes de mortes por covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na tarde de sábado (3), que a “ordem” é evitar a política de lockdown, mas ponderou que é preciso “fazer o dever de casa”. “Nós estamos trabalhando sim com protocolos para orientar a população brasileira, sobretudo os que usam transporte público, para fazer isso de forma mais ordenada, a fim de evitar fechamento da nossa economia”, disse em coletiva à imprensa após reunião com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Veja também
QUASE 13 MILHÕES DE ÓBITOS | Média diária de mortes por Covid-19 se mantém acima de 3 mil no Brasil
“Precisamos nos organizar para que evitemos medidas extremas e consigamos garantir que pessoas continuem trabalhando e ganhando seu salário, deixando situações extremas para outro caso. Então evitar lockdown é a ordem, mas temos que fazer nosso dever de casa, e deve não é só do governo federal, estadual ou municípios. É de cada um dos cidadãos”, afirmou o ministro.
Apesar da “ordem” de dispensar o lockdown, de acordo com o que pensa o presidente Jair Bolsonaro, diversas orientações de Queiroga mostram o contraponto no discurso do ministro em relação ao mandatário. Queiroga repetiu o apelo para que a população use máscara de proteção, faça a higiene das mãos, não promova aglomerações e pratique o distanciamento físico.
“Vamos continuar trabalhando e aproveito a oportunidade para nessa época de Páscoa solicitar para cada um dos brasileiros que use as máscaras. Aproveitem o feriado para não fazer aglomerações, é fundamental, assistimos muitas vezes a população fazendo festas, sem máscaras. Isso não é adequado, precisamos que cada um colabore”, disse o ministro.
Matéria adaptada da Agência Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução Google Imagens