E o dinheiro roubado pela corrupção vai ficar com eles?
Para entender a decisão do STF, devemos analisar os fatos ocorridos em passado, próximo e o comportamento dos personagens desta comédia grega, de muito “mau gosto”, diga-se de passagem.
Em maio de 2016, o Globo noticia que “Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato” e ao ouvirmos o diálogo está muito claro o acordo nacional entre políticos e juízes: Dilma precisa ser afastada para o STF cria as condições para abafar a Lava Jato.
O Antagonista, em matéria publicada no dia 01.fev.2018, noticiou o encontro entre Fernando Haddad e FHC, à pedido daquele em nome do Lula, onde teria sido acertado: “negociar um acordo segundo o qual Lula renunciaria à sua candidatura (que já morreu) em troca da liberdade (que está com os dias contados)”. Em 01.fev.2018, o Min. Gilmar Mendes, antes da matéria do Antagonista, diz ao site “EM.COM.BR”: “o ex-presidente tem chance quase nula de obter liminar para evitar a execução da sentença de prisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4)”.
A partir daí, começamos a ouvir que o Min. Celso de Melo – indicado pelo ex-presidente Sarney, também envolvido na Lava Jato – declarar que deve ser revista a jurisprudência quanto a prisão em segunda instancia – está decidida pelo STF para levar o ex-Senador Luis Estevão para a cadeia.
O Min. Marco Aurélio começou a dar liminar, para evitar prisão após julgamento em Segunda Instância. Outros Ministros começam a vazar informações sobre a necessidade de mudar a jurisprudência da corte quanto a prisão em segunda instância.
O STJ não entrou no jogo e negou a liminar do Habeas Corpus do Lula.
Em 15.mar.2018, em entrevista ao site: “Brasil247.com” Lula afirma: “Não serei preso”.
E, realmente não será preso, já que sabe que o STF iria confirma os fatos narrados, em 2016, pelo Sen. Romero Jucá ao Sergio Machado e confirmou o acordo com o ex-presidente FHC. Durante o mensalão também o FHC e o PSDB não quiseram envolver o Lula no escândalo diretamente.
Para nós, resta apenas ou irmos às ruas, inicialmente, de forma pacifica protestar ou simplesmente ficarmos calados.
Paulo Goyaz é advogado e consultor jurídico.
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