Em todo o mundo, neste sábado, dia 27 de março, às 20h30, no horário de Brasília, as pessoas apagarão suas luzes em sinal de apoio a um movimento que pede uma transição energética urgente. O objetivo é amenizar os efeitos causados pelo uso indevido dos recursos do planeta na geração de energia.
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Enquanto a maior parte dos países tem como principal fonte energética os combustíveis fósseis, no Brasil a matriz é predominantemente renovável, mas para atender ao crescimento da demanda e garantir segurança energética, a diversificação das fontes também se faz urgente.
“A fonte hidrelétrica praticamente está esgotada, nós usamos todos os recursos viáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental, afirma Élbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeéolica).
Segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energias (MME), Carlos Príncipe Pires, essa transformação já vem acontecendo nos últimos 21 anos, período em que as hidrelétricas deixaram de representar 82,9% e passaram a 60,9% de todas as fontes de geração elétrica, e deram espaço à energia eólica com participação de 9,6%, a biomassa que hoje representa 8,6% e a solar, com 4,4% da matriz elétrica brasileira.
Outras fontes não renováveis também passaram a ter maior participação na geração de energia no Brasil, mas, segundo Carlos Pires, nesses casos foram estimuladas as fontes com menor emissão, como é o caso do gás natural que cresceu de 2,7% para 8,3%.
“Nossa matriz é três vezes mais renovável que dos países desenvolvidos”, diz.
Ainda que o potencial torne as fontes renováveis semelhantes em abundância no Brasil, a vocação, o ritmo do desenvolvimento tecnológico e o investimento em pesquisa e inovação acabam determinando como cada uma dessas fontes ocupam o mercado brasileiro.
“A geração distribuída é uma vocação da fonte solar e a eólica tem uma vocação de grande escala, porque as turbinas são melhores, do ponto de vista técnico e econômico, quando encontra ventos melhores e esses ventos estão localizados, ao passo que o sol está distribuído”, afirma a presidente da Abeeólica.
Matéria adaptada da Agência Brasil
Foto: Reprodução Google Imagens