O Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central, registrou um déficit primário de R$ 20,2 bilhões em novembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Tesouro Nacional.
O resultado foi pior do que o esperado pelo mercado, que previa um rombo de R$ 13,5 bilhões, de acordo com levantamento da Reuters. Em novembro de 2024, o déficit havia sido bem menor, de R$ 4,5 bilhões.
Rombo aumenta ao longo de 2025
No acumulado de janeiro a novembro de 2025, o rombo do governo Lula chegou a R$ 83,8 bilhões, valor maior que os R$ 67 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Menos receita e mais gastos explicam o resultado
A piora das contas em novembro aconteceu principalmente porque o governo arrecadou menos e gastou mais.
A receita total caiu 2,6% acima da inflação, somando R$ 218,4 bilhões. Entre os principais motivos estão:
- Queda nos dividendos, como os pagos pela Petrobras, com redução de R$ 6,9 bilhões;
- Menor arrecadação com concessões, que caiu R$ 4,7 bilhões.
Por outro lado, a arrecadação do Imposto de Renda cresceu R$ 5,1 bilhões, ajudando a reduzir parcialmente o impacto.
Já os gastos do governo cresceram R$ 7,1 bilhões acima da inflação. O aumento foi puxado por:
- Benefícios da Previdência, que subiram R$ 3 bilhões;
- Despesas do dia a dia do governo, chamadas de discricionárias, que aumentaram R$ 3,9 bilhões em relação a novembro do ano passado.
Previdência segue pesando nas contas públicas
O déficit da Previdência Social (RGPS) chegou a R$ 321,2 bilhões no acumulado de 12 meses até novembro. Somando também as aposentadorias de servidores civis e militares, o rombo total alcançou R$ 442,6 bilhões, o equivalente a 3,5% do PIB.
Governo aposta em dezembro para cumprir a meta fiscal
Mesmo com o resultado negativo de novembro, o governo acredita que pode cumprir a meta fiscal de 2025.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o resultado de dezembro deve ficar entre o piso e o centro da meta e pode até registrar superávit próximo de R$ 20 bilhões, graças principalmente ao recebimento de dividendos estimados em cerca de R$ 13 bilhões.
A meta fiscal deste ano prevê resultado zero, com uma margem de tolerância de até R$ 31 bilhões, o que mantém o governo dentro do limite permitido.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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