O Banco Central anunciou que algumas contas como a de água, luz e telefone já poderão ser pagas pelo Pix em novembro, durante o lançamento do sistema no último dia 16. A projeção é que, no médio prazo, o Pix seja obrigatoriamente ofertado como opção para pagamento das faturas.
Veja também
PREVISÃO DE ALTA | Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 2,99%
“Já temos a informação de que algumas distribuidoras de água e energia entrarão no Pix já em novembro, quando ele for lançado, assim como as empresas da parte de telefonia, que vão ofertar o novo sistema tanto para o pagamento de faturas como para a recarga de celulares pré-pagos”, afirma o chefe de subunidade no departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro do BC, Breno Lobo, em evento promovido ontem (26).
O executivo do BC afirmou ainda que o pagamento de impostos para a União também já poderá ser feito em novembro. “As guias de recolhimento da União [GRUs, como são chamadas] já começam em novembro, mas o Tesouro Nacional ainda terá um cronograma até que o pagamento possa ser 100% realizado por meio do Pix. Estamos em conversas avançadas com a Receita Federal e com as Fazendas dos estados para também inserirmos esses pagamentos de impostos pelo Pix gradativamente”, disse Lobo.
O Banco Central prevê que no primeiro semestre de 2021 será possível fazer saques no varejo por meio do Pix, pagamentos por aproximação e o uso de Pix no exterior.
Compras parceladas
“Também teremos o Pix garantido, que simula um parcelado lojista [parcelado sem juros] que temos hoje e que vai ajudar na realização de compras parceladas principalmente para a camada da população que ainda não tem acesso ao cartão de crédito”, afirma Lobo.
“Além disso, também teremos o QR Code gerado pelo pagador offline, que atende a camada de população mais baixa que tem dificuldade no acesso ao pacote de dados de internet; o Pix por aproximação, que pode trazer benefícios para o transporte público e grandes eventos; e o Pix cross border [comércio transfronteiriço], que deve vir mais no médio e longo prazo”, ressalta o executivo.
(Istoé)