O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, na quarta-feira (15), uma resolução que pede pausas humanitárias urgentes e prolongadas nos conflitos entre Israel e militantes palestinos do Hamas na Faixa de Gaza por um “número suficiente de dias” para permitir o acesso da ajuda humanitária na região.
O conselho, que é composto por 15 países, superou um impasse, após quatro tentativas frustradas de agir no mês passado para aprovar uma resolução que também apela à libertação imediata e incondicional de todos os reféns detidos pelo Hamas.
Os Estados Unidos, a Rússia e a Grã-Bretanha, que têm poder de veto, abstiveram-se da votação da resolução elaborada por Malta. Os restantes dos 12 países-membros votaram a favor.
O impasse do conselho era sobre a decisão de apelar a uma pausa humanitária ou a um cessar-fogo. Uma pausa é geralmente considerada menos formal e mais curta do que um cessar-fogo, que tem de ser acordado pelas partes em conflito. Os Estados Unidos apoiaram pausas, enquanto a Rússia pressionou por um cessar-fogo.
A Rússia falhou numa tentativa de última hora de alterar a resolução para apelar a uma trégua que conduzisse à cessação das hostilidades. A Rússia absteve-se porque não houve apelo a um cessar-fogo imediato, disse o Embaixador Vassily Nebenzia ao conselho.
A resolução foi a quinta tentativa do conselho de agir desde que Israel passou a acusar os militantes do Hamas de matarem 1.200 pessoas e fizeram cerca de 240 reféns num ataque surpresa em 7 de outubro. O texto também não condena o ataque do Hamas – um ponto de discórdia para o aliado de Israel, os EUA e a Grã-Bretanha.
O conselho apelou a “pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza durante um número suficiente de dias para permitir o acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido”.
“O Hamas enraizou-se profundamente na população civil de Gaza”, disse Thomas-Greenfield. “Mas temos sido claros ao mais alto nível: as ações do Hamas não diminuem a responsabilidade de Israel na proteção de pessoas inocentes em Gaza.”
O Conselho de Segurança tentou agir quatro vezes em duas semanas em Outubro. A Rússia falhou duas vezes em obter os votos mínimos necessários, os Estados Unidos vetaram uma resolução elaborada pelo Brasil e a Rússia e a China vetaram uma resolução elaborada pelos EUA.
Com informações da Agência Reuters
Foto: Divulgação/Ag. Reuters
Acompanhe o Expressão Brasiliense pelas redes sociais.
Dá um like para o #expressaobrasiliense na fanpage do Facebook.
Siga o #expressaobrasiliense no Instagram.
Inscreva-se na TV Expressão, o nosso canal do YouTube.
Receba as notícias do Expressão Brasiliense pelo Whatsapp.