A produtora rural Cindra Mara foi a responsável neste sábado (4) por dar fim à caçada ao caseiro Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, suspeito de matar a mulher grávida, a enteada e um fazendeiro, em Corumbá de Goiás, após seis dias de fuga.
Segundo o relato de Cindra, ela estava dormindo quando avistou Wanderson se aproximando da janela de sua casa e ao ser abordada pediu ao caseiro que se acalmasse. A produtora rural disse que ele estava nervoso, com fome e frio. Ela contou que deu comida ao fugitivo e começou a conversar com ele para se entregar para não ter o mesmo final que Lázaro Barbosa, criminoso que ficou 20 dias fugindo das polícias de Goiás e do DF, após cometer crimes na região de Ceilândia, cidade a 20 km do centro de Brasília.
“Eu estava dormindo, era 6 horas da manhã, a janela estava meio aberta na minha fazenda. Aí ele chegou com o revólver, apontou a arma e eu falei pra ele ficar tranquilo: ‘eu vou te ajudar, não fica nervoso’”, contou.
Conforme a fazendeira, Wanderson pediu café e apontou a arma dando voz de assalto. “Ele pediu bolacha, ele estava tremendo demais porque estava com muito frio. A gente deu uma blusa para ele vestir, aí ele vestiu a blusa. Aí teve um momento que ele tentou se desvencilhar de mim. Ele estava com revólver, estava carregado, cheio de bala”, detalhou Cindra.
Após convencê-lo a se entregar, a mulher e o marido dela colocaram Wanderson no carro, pegaram a arma dele e o levaram até a delegacia. Cindra ainda fez uma selfie com o caseiro antes dele se apresentar aos policiais.
Assassinatos
Conforme a Polícia Civil, Wanderson é suspeito de matar Ranieri Aranha Figueiró, de 19 anos, que estava grávida, a enteada, Geysa Aranha, de 2 anos e nove meses, e o fazendeiro Roberto Clemente de Matos, de 73 anos.
Segundo a Polícia Militar, Ranieri e Geysa foram mortas a facadas. Já Roberto Clemente foi morto com um tiro na cabeça. O homem também teria tentado estuprar a mulher de Roberto, que foi baleada no ombro, fingiu-se de morta e depois pediu ajuda para vizinhos.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Wanderson responde a um processo por tentativa de homicídio. Em 2019, ele tentou matar a facadas uma parente. Ainda não há sentença para esta acusação. Ele chegou a ser detido na Unidade Prisional de Goianápolis e, em depoimento, admitiu o crime.
Wanderson foi apelidado de “Novo Lázaro” por conta das semelhanças com o caso de Lázaro Barbosa, acusado de diversos assassinatos e alvo da maior perseguição policial da história de Goiás, em meados deste ano.
Com informações da Istoé
Foto: Reprodução/Google Imagens