Em meio a uma intensa rodada de articulações no Congresso Nacional, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, comemorou nesta semana a aprovação do Projeto Antifacção na Câmara dos Deputados, texto considerado por ele um divisor de águas no enfrentamento às organizações criminosas no Brasil.
Confiante, Caiado afirmou que o projeto deve passar pelo Senado “sem alterações”, reforçando que o país vive um momento em que “não há mais condições nem clima” para retrocessos em pautas de segurança pública.
“Acho que vai para o Senado mais ou menos acordado. Aquilo ali já vai ser aprovado. Não vejo nenhuma retirada. A maior prioridade da população brasileira é o combate à criminalidade”, declarou o governador.
60 milhões sob influência do crime
Caiado voltou a acender o alerta sobre o avanço das facções no país, citando números que classificou como “gravíssimos”.
“O avanço do crime no Brasil faz com que 60 milhões de brasileiros estejam hoje vivendo sob o comando das facções criminosas”, disse.
A proposta aprovada pela Câmara tipifica o crime de facção criminosa, amplia penas, fortalece sistemas de investigação e cria bancos de dados nacionais e estaduais sobre organizações criminosas. Outro ponto central é o combate ao uso de empresas para lavagem de dinheiro.
PEC da Segurança: a próxima batalha de Caiado em Brasília
O governador avisou que a ofensiva não para. A partir da próxima semana, a mobilização será pela aprovação da PEC da Segurança, que deve ter relatório apresentado no dia 4 de dezembro e votação marcada para o dia 13.
Para Caiado, a mudança constitucional que equipara narcotraficantes a terroristas é essencial para permitir o emprego das Forças Armadas no combate ao crime organizado, especialmente em áreas de difícil acesso.
“Precisamos implantar a lei que equipara o narcotraficante como terrorista. Sem isso, não há como recuperar fronteiras, Amazônia ou regiões tomadas.”
O governador citou ainda que, mesmo sem produzir cocaína, a Amazônia responde por 40% da exportação mundial da droga, o que justificaria a atuação conjunta das polícias e das Forças Armadas.
“Você não tem como atuar na Amazônia e nas extensas fronteiras do Brasil sem a presença das Forças Armadas. É nelas que estão blindados, helicópteros, aviões, navios, satélites. Isso é essencial para um combate real às facções.”
Segundo Caiado, caracterizar o crime organizado como terrorismo abriria a possibilidade de atuação das três Forças em “direito concorrente” com as polícias, ampliando drasticamente a capacidade de resposta do Estado.
Alerta final: sem medidas efetivas, PEC pode virar “armadilha”
Apesar de defender a mudança, Caiado fez um alerta: se vier desacompanhada de medidas práticas e articulação entre os poderes, a PEC da Segurança pode se transformar em uma “armadilha”, apenas reforçando uma estrutura que não funciona sem o apoio das Forças Armadas e sem integração nacional.
Com informações da Agência Cora de Notícias
Foto: José Cruz/Ag. Brasil
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