A espera pela casa própria está perto do fim para 12 mil famílias do Distrito Federal (veja a lista inicial dos contemplados). Primeiro empreendimento habitacional feito integralmente pela atual gestão do GDF, a construção dos primeiros 84 prédios do Itapoã Parque está 33% executada. A partir de 2020 o condomínio começará a entrega das unidades para os habilitados, beneficiando mais de 1,3 mil famílias na primeira leva de distribuição.
“É um novo conceito. A ideia é que as pessoas tenham, perto de suas casas, acesso aos serviços do governo, além da infraestrutura”Wellington Luiz, presidente da Codhab
A obra é executada pela empresa JC Gontijo, contratada por licitação, e já gerou seis mil empregos, entre diretos e indiretos, desde janeiro de 2019. As obras dos primeiros prédios está adiantada, e alguns deles já estão até pintados.
A construção dos seis primeiros equipamentos públicos cabe à construtora. Oe demais serão feitos pelo GDF à medida que houver necessidade.
Mais do que um condomínio, o Itapoã Parque é um bairro para 50 mil pessoas – o número tem como base a média de pessoas por família, que é de quatro membros. A obra é erguida em uma área de 200 hectares – o equivalente a 200 campos de futebol – e será inaugurado com equipamentos públicos, como escolas e centros de assistência social.
Na primeira etapa do empreendimento serão duas escolas classe, um Centro Especializado de Assistência Social (Creas) e um Centro de Assistência Social (Cras). Na segunda etapa, que deve ser concluída até abril de 2022, serão erguidos mais uma escola classe e um centro de ensino infantil.
Além disso, haverá terrenos destinados à construção de outros prédios para a prestação de serviços públicos, como unidades básicas de saúde (UBSs). O projeto também prevê lotes reservados ao comércio, ainda a serem licitados pela Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap).
“É um novo conceito. Problemas que aconteceram no passado foram corrigidos. A ideia é que as pessoas tenham, perto de suas casas, acesso aos serviços do governo, além da infraestrutura”, afirma o presidente da Companhia Habitacional do DF (Codhab), Wellington Luiz.
“Mais do que entregar moradia, estamos realizando sonhos, com dignidade e respeito com os que mais precisam. Em 2022, ainda no nosso governo, todo o Itapoã Parque estará pronto. É uma grande obra que certamente vai diminuir o déficit habitacional do DF”, ressalta o gestor.
Subsídio
O Itapoã Parque é um empreendimento habitacional erguido com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Os apartamentos serão vendidos com subsídio do governo e financiados pela Caixa Econômica Federal.
São unidades de dois e três quartos, com tamanhos de 46 e 60 metros quadrados, que custam R$ 112 mil e R$ 114 mil, respectivamente – valor bem abaixo do mercado.
Serão beneficiadas famílias das faixas 1,5, 2 e 3 do eixo Morar Bem, do programa habitacional do DF. Ou seja aquelas com renda familiar mensal de R$ 1,8 mil até R$ 7 mil.
Cerca de 1,2 mil mil delas já foram habilitadas e as demais estão sendo selecionadas e encaminhadas ao agente financeiro, que deve aprovar o financiamento dos interessados. Atualmente, cerca de 400 mil famílias estão na lista da Codhab com interesse de adquirir a casa própria.
Habilitados
A Codhab convocou hoje (sexta, 21) mais candidatos inscritos no programa Morar Bem para receber uma das unidades do Itapoã Parque. Os classificados deverão aguardar o contato da construtora JC Gontijo Engenharia, que vai agendar o atendimento e entregar a unidade habitacional.
Depois de 11 anos de espera, o vidraceiro Roberto Carlos Francisco Dourado, 42 anos, vai morar em sua própria casa quando receber o apartamento de dois quartos no Itapoã Parque. Ele mora com a esposa e as duas filhas, de oito e 18 anos, em uma casa emprestada pelo patrão, no Guará. Antes, morava no fundo da casa dos pais. “Eu ganho R$ 1,8 mil, minha esposa faz bico. Nunca tivemos condições nem de pagar aluguel, quanto mais comprar uma casa”, diz.
O imóvel cedido pelo patrão dele tem apenas um quarto, que ele divide com a esposa e a filha mais nova. A mais velha dorme de forma improvisada na cozinha. “No apartamento elas terão o quarto delas. Aqui vivemos todos amontoados. Estamos muito ansiosos”, conta.
A auxiliar de saúde bucal Juliana Ellen Munhoz, 36 anos, também foi habilitada para receber um imóvel no novo empreendimento habitacional do DF. Ela mora em uma casa grande com o marido, porteiro, e os dois filhos em Samambaia Norte, mas paga R$ 1 mil de aluguel todo mês. O financiamento da casa própria já foi aprovado e ele vai pagar pouco mais de R$ 300 de prestação. “Agora vou pagar mais barato no que é meu. Estou muito feliz”, diz.
(Agência Brasília)