Quem vê por fora enxerga tapumes. Mas é ao atravessar o portão do canteiro de obras que se descobre que a construção do Túnel de Taguatinga, maior intervenção viária em execução no país, já tem cara e forma. Nas duas passagens subterrâneas que darão fluidez ao trânsito de acesso a Ceilândia e outras regiões administrativas, parte das paredes laterais já está erguida, assim como o teto.
Além de transformadora, a obra de arte de 1,2 km de extensão, que vai mudar a vida de quem mora e transita de carro por Taguatinga, carrega consigo números grandiosos. Por lá estão sendo aplicados 8 mil toneladas de aço e 90 mil metros cúbicos de concreto – o equivalente a 12 mil caminhões truck cheios dessa massa de cimento, pedras e areia. “Com mais de 60% concluídos, seguiremos, após a escavação, com a ventilação e a iluminação do túnel”, adianta um dos fiscais da Secretaria de Obras, o engenheiro civil Bruno Almeida.
Para dar agilidade à construção, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Obras, construiu uma usina de concretagem em uma área do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a cerca de 100 metros do canteiro de obras.
O que já está pronto
O trabalho segue o cronograma planejado. No lado sul do túnel, sentido Ceilândia-Plano Piloto, já foram construídos, somente até o dia 7 deste mês, 233,21 metros da laje de fundo, ou piso propriamente dito. Em vez de asfalto, a estrutura terá 90 centímetros de concreto. Também nesse setor, 14 dos 16 módulos da laje de cobertura já estão concretados.
No sentido Plano Piloto-Ceilândia, o lado norte, que começou a ser erguido em dezembro do ano passado, já tem 78 metros de laje de fundo. Os dois lados estão em processo de escavação invertida – quando a terra é escavada e retirada para abrir espaço de passagem do túnel. “Um estudo de viabilidade validou a metodologia por interferir menos no trânsito e causar impactos menores à vizinhança”, explica o engenheiro Antônio Carlos Ribeiro Silva, que também atua como fiscal da Secretaria de Obras.
(Agência Brasília)
Foto: Lúcio Bernardo/Ag. Brasília