As obras das galerias de águas pluviais em Vicente Pires estão 90% executadas. Faltando apenas parte das ruas 4, 8 e 12, máquinas e operários trabalham para finalizar o total de aproximadamente 10,5 quilômetros de conjunto de tubulações.
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O investimento de R$ 16,3 milhões e tem o objetivo de evitar alagamentos em períodos chuvosos. Além de prevenir enchentes, a obra contribuiu, até agora, para a geração de emprego e renda dando 800 oportunidades diretas e indiretas. A previsão é de que os serviços sejam concluídos ainda este ano.
Infraestrutura
O subsecretário de Acompanhamento e Fiscalização de Obras da Secretaria de Obras e Infraestrutura, Ricardo Terenzi, explica que as galerias de águas pluviais são fundamentais para a infraestrutura de qualquer cidade.
“O objetivo é captar a água da chuva, por meio das bocas de lobo, para que ,em seguida, transborde nas lagoas de contenção da região”, informa. Atualmente, 20 estruturas estão prontas e duas estão em execução.
Segundo Terenzi, há duas formas de construir as galerias: escavando ou implodindo. No caso das implosões, é preciso usar artefatos pirotécnicos por causa do solo rochoso. O material foi aprovado e autorizado pela Polícia Civil do DF (PCDF) e, em seguida, todas as medidas de segurança necessárias foram adotadas para evitar danos a moradores e comerciantes, como vistorias antes do início dos serviços.
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Daniel de Castro, administrador de Vicente Pires, ressalta que as medidas visam preparar a região para a temporada chuvosa. “Estamos com os serviços quase finalizados para que não ocorram alagamentos, enchentes e desastres. Limpamos os bueiros e retiramos 40 toneladas de lixo”, reforça.
Ainda de acordo com Castro, a administração trabalha na urbanização e embelezamento da cidade. “Foi algo que se perdeu ao longo do tempo. Além do asfalto, tapa-buraco e calçadas, estamos fazendo as sinalizações horizontais e verticais, placas, lombadas”, completa.
Lagoas de detenção
A função das lagoas de detenção é receber água da chuva e espalhar energia dela, para levar aos córregos de maneira que não provoque danos ambientais.
A correnteza é captada pelas bocas de lobo e vai para as galerias subterrâneas até chegar aos dissipadores. Neles, há quebra da energia e redução da velocidade da água, que chega à lagoa e à natureza sem causar problemas.
A maior estrutura fica na rua 4. Com 11,5 mil metros quadrados de extensão e 3,5 metros de profundidade, ela tem capacidade de armazenamento de até 33 milhões de litros d’água. A vazão é de uma piscina olímpica a cada dois minutos.
Histórico de obras
O processo de revitalização pelo qual passa Vicente Pires teve início em maio de 2019, quando uma força-tarefa composta por várias secretarias e empresas públicas chegou à cidade. O ritmo dos serviços de implantação de asfalto, rede de águas pluviais e calçadas, que até então era bastante lento, acelerou. Após a criação de um Gabinete de Gestão de Crise para dar celeridade aos trabalhos, foram executadas mais de 70% das obras. O investimento é de R$ 542 milhões.
Para chegar à marca histórica de execução de serviços, não foi tarefa fácil. O primeiro desafio da atual gestão foi vencer as barreiras acumuladas a cada ano de atraso dos serviços. Com os contratos entre empreiteiras e governo celebrados na gestão anterior, o governador Ibaneis Rocha trabalhou para destravar na Justiça o orçamento engessado que herdou e conseguir novos recursos para equalizar a dívida com as empresas.
Depois de resolvida a questão burocrática, o GDF voltou ainda mais suas atenções para a cidade. Vicente Pires tem 11 ruas e também abrange a Colônia Agrícola Samambaia, o Jockey Clube e a Vila São José. Essas localidades estão contempladas em 11 lotes, como foi dividido o serviço entre empresas vencedoras de licitação.
(Agência Brasília)