Mesmo com a atual desaceleração nas taxas de disseminação do novo coronavírus, o GDF permanece realizando fiscalizações constantes em estabelecimentos comerciais de toda a capital para checar o cumprimento dos protocolos de segurança sanitária. Essas abordagens no comércio servem tanto para continuar viabilizando a retomada segura da economia local quanto para preservar a saúde de comerciantes e de clientes.
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Um dos setores mais supervisionados pela Vigilância Sanitária é o dos bares e restaurantes: desde a publicação do Decreto nº 40.939, em 2 de julho, autorizando a reabertura destes tipos de estabelecimentos, foram 3.754 ações de fiscalização, que resultaram em 214 autos de infração expedidos por irregularidades encontradas durante as abordagens e 26 interdições.
3.754 ações de fiscalização já foram empreendidas pela Vigilância Sanitária
Em diversas regiões administrativas do DF, as equipes de fiscalização realizam cerca de 200 inspeções por dia, sendo 15% delas oriundas de denúncias feitas pelo sistema de Ouvidoria do GDF. As ações também ocorrem nos fins de semana. Na tarde deste sábado (17), uma equipe de auditores da Vigilância Sanitária fiscalizou um restaurante no Setor Central do Gama.
Na entrada, uma funcionária aferia a temperatura de todas as pessoas que acessavam o estabelecimento, além de checar a utilização de máscaras. Além disso, os clientes encontravam logo na entrada um tapete sanitizante, contendo uma mistura de água com hipoclorito de sódio, para auxiliar na limpeza da sola dos sapatos. Um totem com álcool gel também estava disponível para quem quisesse higienizar as mãos.
As mesas do salão e do mezanino estavam corretamente espaçadas, respeitando o distanciamento de dois metros entre uma e outra. Nas cabines para seis pessoas, barreiras de acrílico posicionadas nas divisórias servem de isolamento. O restaurante também optou por ventilação natural, deixando as janelas abertas para a livre circulação de ar, em vez de utilizar ar-condicionado.
Para se deslocarem das mesas aos banheiros ou em direção a outras áreas do restaurante, os clientes devem obrigatoriamente usar suas máscaras. Na brinquedoteca, as regras são mais rígidas: somente crianças da mesma mesa podem utilizar o espaço ao mesmo tempo, sempre supervisionadas por um funcionário.
Atenção com os funcionários
As normas de segurança valem tanto para clientes quanto para os colaboradores. Quando chegam ao restaurante, todos os funcionários e funcionárias têm sua temperatura aferida por um dos gerentes, que registram o resultado em uma planilha atualizada diariamente.
Os garçons e a equipe que trabalha em contato direto com os produtos utilizam tanto as máscaras de tecido quanto as do tipo face shield, uma proteção extra de acrílico para cobrir o restante do rosto. Nas áreas internas do restaurante, a Vigilância Sanitária permite que cozinheiros e funcionários da parte administrativa usem somente as máscaras de tecido, mas devem cumprir todas as outras normas.
Boas práticas, segurança garantida
O respeito às regras de segurança sanitária e aos protocolos são medidos em excelentes números: desde a reabertura, o restaurante fiscalizado não registrou nenhum caso positivo de Covid-19 entre os 38 funcionários. “A gente incorporou os cuidados na nossa rotina, tanto para nossa segurança pessoal quanto pela segurança da equipe, e está funcionando muito bem”, explica o gerente do estabelecimento, Samuel Cardoso. “O pessoal entende da seguinte maneira: se a gente previne, a gente se defende, a gente continua trabalhando e mantém nosso cliente em foco”.
O cuidado com as regras também se reflete na confiança da clientela. Os primos Danilo Guimarães e Eduardo Setúbal, com as respectivas esposas Renata Nogueira e Paula Setúbal, se sentem mais confiantes e protegidos em um local que respeita os protocolos de segurança sanitária. “Nas duas vezes em que saímos para comer fora, viemos aqui porque vimos que eles estão respeitando muito as normas, e é isso que procuramos”, explica Danilo.
Punições ao descumprimento
A gerente de fiscalização da Vigilância Sanitária, Márcia Olivé, explica quais são as penalidades para os estabelecimentos flagrados descumprindo as normas de segurança sanitária: “O não cumprimento das regras pode acarretar multa que varia de R$ 2 mil a R$ 70 mil; e, dependendo do risco iminente à saúde do consumidor, o estabelecimento também pode ser interditado”.
(Agência Brasília)