• 21 de novembro de 2024

DÉFICIT HABITACIONAL | Levantamento do IPEDF aponta que mais de 100 mil famílias precisam de moradia na capital do País

Nesta quinta-feira (19), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou os relatórios e sumários executivos Déficit Habitacional e Demanda Habitacional Demográfica do DF. Os estudos foram realizados com base nos dados da última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), de 2021.

O déficit habitacional é um indicador que aponta as deficiências do estoque de moradia, orientando as políticas públicas sobre habitação. O objetivo é dimensionar a quantidade de domicílios incapazes de atender aos serviços habitacionais básicos. Os componentes responsáveis pelo cálculo são habitação precária, coabitação e ônus excessivo com aluguel.

Já a demanda habitacional demográfica avalia a demanda potencial por novos domicílios da população na faixa de 24 a 64 anos, apta à formação de um novo arranjo domiciliar. O indicador calcula o número de pessoas adultas em um domicílio, com exceção do responsável e seu cônjuge, ponderado pela proporcionalidade de chefes de família por grupo etário.

A apresentação contou com a presença da diretora de Estudos e Políticas Ambientais e Territoriais do IPEDF, Renata Florentino; da coordenadora de Estudos Territoriais do Instituto, Anamaria Aragão; do técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e coordenador do cálculo do Déficit Habitacional do DF em 2015, Vicente Neto; da professora doutora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília e pesquisadora de habitação social, Cristiane Guinancio.

De acordo com Anamaria Aragão, “identificar e analisar os domicílios nesta condição e os potenciais demandantes de novas moradias é fundamental para fomentar políticas de habitação e contribuir na redução do déficit habitacional no DF”.

Déficit

Em 2021, o déficit habitacional do DF era de 100.701 domicílios, cerca de 10% dos 963.812 domicílios estimados pela Pdad. Os maiores percentuais em déficit foram observados nas regiões administrativas de média-baixa renda (Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo I e II, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião e SIA), com renda domiciliar média de R$ 3.933 e 48.977 domicílios nesta situação, 48,64% do total. O estudo aponta que 81 mil domicílios em déficit eram alugados e que 46% dos domicílios próprios em déficit não tinham escritura.

Há dois anos, a demanda habitacional demográfica do DF era de 105.317 domicílios, cerca de 11% dos 963.812 domicílios estimados pela Pdad. Considerando as faixas de renda dos demandantes em potencial, estima-se a demanda de mais de 66 mil domicílios na faixa de zero a três salários mínimos, 4.862 na faixa de três a cinco salários mínimos e 3.448 na faixa de cinco a 12 salários mínimos. Em relação ao perfil dos demandantes por moradia, 36,02% tinham entre 24 e 29 anos; 41% possuíam ensino médio e 40% superior; e 60% trabalhavam, sendo 54,06% no setor privado e 14,42% no setor público.

Acesse os estudos completos aqui. Veja os dados sobre déficit e demanda habitacional no portal #InfoDF.

(Agência Brasília)

Foto: Divulgação/IPEDF

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