• 29 de outubro de 2025

‘Bruxo da música brasileira’: Hermeto Pascoal morre aos 89 anos no Rio de Janeiro

O Brasil perdeu neste sábado (13) um de seus maiores gênios musicais. O compositor e multi-instrumentista Hermeto Pascoal morreu aos 89 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela família em publicação nas redes sociais oficiais do artista.

Hermeto estava internado desde 30 de agosto no Hospital Samaritano Barra, na capital fluminense, devido a complicações respiratórias causadas por fibrose pulmonar. Segundo boletim médico, o quadro se agravou nos últimos dias e evoluiu para falência múltipla dos órgãos.

Considerado um dos músicos mais inventivos da história, Hermeto Pascoal deixa um legado reconhecido mundialmente. Sua obra é marcada pela improvisação e pela mistura única de estilos como jazz, forró, choro e música erudita, o que o consagrou como um ícone da música brasileira.

Nascido em Lagoa da Canoa, no agreste de Alagoas, em 22 de junho de 1936, Hermeto começou a tocar ainda na infância. Albino, enfrentou dificuldades para frequentar a escola, mas encontrou na música sua forma de expressão. Ao longo da carreira, ganhou o apelido de “Bruxo da música brasileira”, pela habilidade de transformar qualquer objeto em instrumento sonoro — de chaleiras a brinquedos, passando por ruídos da natureza.

Com sua morte, a música brasileira perde um mestre irreverente, inovador e eterno, cuja influência atravessou fronteiras e marcou gerações de artistas e admiradores em todo o mundo.

A trajetória de Hermeto Pascoal também é marcada por uma discografia de referência. Entre seus álbuns mais emblemáticos estão A Música Livre de Hermeto Pascoal (1973), Slaves Mass (1977) e Hermeto Pascoal e Grupo (1982). Obras que se tornaram marcos da música brasileira e influenciaram músicos de diferentes gerações.

Ao longo da carreira, Hermeto colaborou com nomes como Airto Moreira, Egberto Gismonti e Vinicius Dorin, consolidando uma obra que ultrapassou fronteiras culturais e sonoras. Seu talento o levou a ser reconhecido e celebrado por artistas do jazz norte-americano, além de se apresentar em grandes festivais internacionais.

Apesar da carreira internacional, Hermeto sempre manteve forte vínculo com as raízes da música popular brasileira. Sua obra foi descrita por críticos como “universal”, pela amplitude de referências e experimentações que iam do erudito ao regional.

Em nota oficial, a família pediu que a despedida do músico seja marcada por celebração, não por tristeza. Como homenagem, sugeriu que todos escutem o vento, os pássaros e a água corrente — sons que Hermeto transformava em música — como um gesto simbólico do legado do artista conhecido como o “Bruxo da música brasileira”.

Foto: Reprodução/Google Imagens


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