A Polícia Civil prendeu sete pessoas, na manhã desta quinta-feira (3), suspeitas de comandar um esquema de roubo de alimentos e produtos de beleza no Distrito Federal. Até as 10h, um dos investigados estava foragido.
Segundo a investigação, o grupo roubava e revendia mercadorias – cosméticos e alimentos – em comércios ilegais no DF. A organização também mantinha empresas de fachada em três estados: São Paulo, Alagoas e Espírito Santo. O esquema é investigado desde 2018.
De acordo com a polícia, parte dos envolvidos já possui passagem por roubo e estaria cometendo os crimes novamente após cumprir a pena. Ao todo, oito homens, com idades entre 25 e 59 anos, foram alvos da operação. Um deles foi preso em Águas Lindas, no Entorno do DF.
Para o delegado André Luís Leite, da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), o grupo é “especialista em furto, roubo e receptação de carga”. A estimativa é que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 78 milhões em seis meses.
“Os criminosos roubavam diversas mercadorias de gêneros alimentícios e emitiam notas fiscais falsas, com a finalidade de dar aparência de legalidade às cargas subtraídas”, conta o delegado.
Durante o mandado de busca foram encontrados estoques de alimentos, ônibus e caminhões – supostamente usado para o transporte e distribuição dos produtos.
Investigação
Os agentes chegaram até os criminosos após a Secretaria da Receita do Estado de São Paulo chamar a atenção para uma dos estabelecimentos de revenda de mercadorias, que não apresentou um endereço válido.
As investigações apontaram que os criminosos faziam uso de empresas de fachada para efetuar as vendas. Eles estariam divididos estrategicamente para cometer os crimes, em uma “estrutura hierarquizada” de acordo com a polícia.
A força-tarefa recebeu o nome de “Carga Pesada” – em alusão ao desvio de mercadorias em caminhões.
A estimativa da polícia é de que, entre janeiro e julho deste ano, o grupo tenha movimentado, pelo menos, 1,7 mil notas fiscais de mercadorias roubadas. O custo dos produtos chega a R$ 78 milhões.
Se condenados, os autores devem responder pelos crimes de organização criminosa, roubo majorado, receptação qualificada, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Ao todo, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
(G1 DF)