• 24 de novembro de 2024

Maníaco tinha costume de circular pelas ruas de Planaltina em busca de novas vítimas

A rotina do assassino de Letícia e Genir, revelada em detalhes aos investigadores da Polícia Civil do DF, pode fazer com que surjam outras denúncias contra o serial killer. Marinésio dos Santos Olinto contou aos policiais que nos dias de folga costumava circular pelas ruas de Planaltina abordando mulheres que estavam sozinhas nas paradas de ônibus.

O modus operandi do maníaco era sempre o mesmo: oferecer carona para quem estivesse sozinha aguardando na parada. Os policiais chegaram a inquirir Marinésio sobre outros crimes, mas ele negou que tenha sido o autor. Segundo ele, chegou a abordar 10 vítimas.

Marinésio relatou que quando a vítima aceitava a carona, ele iniciava o assédio e diante da negativa em ceder às investidas do criminoso, parava o carro e abandonava a mulher no meio da rua. A PCDF aponta que o maníaco demonstra um temperamento totalmente frio e calculista.

Sobre as mortes, insistiu em alegar que teve um “apagão”. Disse que, “quando voltou a si”, estava com as mãos no pescoço das mulheres. A baixa estatura chamou a atenção dos policiais que trabalham nas apurações. Com apenas 1,55 m de altura, o suspeito não usou arma de fogo para executar as vítimas. De acordo com depoimentos prestados ao longo das investigações, afirmou que matou Letícia Sousa Curado, 26, e Genir Pereira de Sousa, 47, com as próprias mãos, esganando-as.

O serial  killer prestou depoimento por cerca de nove horas na Delegacia de Repressão ao Sequestro (DRS), na quinta-feira (29). A especializada apura o desaparecimento da empregada doméstica Gisvania Pereira dos Santos, de 33 anos. O maníaco negou envolvimento no caso e disse não conhecer a moradora do condomínio Nova Colina, em Sobradinho. No entanto, informações complementares prestadas por ele serão alvo de novas diligências.

Confira a lista de casos em que Marinésio é suspeito:

1) Letícia de Sousa Curado – Desaparecida após sair para o trabalho, em 23 de agosto de 2019, e encontrada morta três dias depois;

2) Genir Pereira de Sousa – Desaparecida em 2 de junho deste ano, após sair do trabalho e encontrada morta 10 dias depois;

3) Gisvânia Pereira dos Santos Silva – Desaparecida em outubro de 2018, em Sobradinho;

4) Irmãs atacadas – As vítimas contaram ter fugido do ataque de Marinésio um dia depois de ele ter matado Letícia, em Planaltina;

5) Adolescente de 17 anos – Jovem diz ter sido estuprada em área de pinheiros, abandonada e chamada de “lixo”;

6) Moradora do Paranoá, de 42 anos – A mulher diz ter sido estuprada por Marinésio em 2018;

7) Lays Dias Gomes – Desapareceu no dia 7 de julho de 2018, após sair de casa rumo a uma parada de ônibus, em Samambaia. Naquele dia, ela não chegou a dizer à família para onde iria;

8) Vítima desaparecida no Paranoá – Caso de 2014 foi reaberto após semelhanças com modo de agir de Marinésio. A polícia não divulgou o nome;

9) Vítima desaparecida em Sobradinho – Essa ocorrência, entre 2014 e 2015, foi reaberta agora após semelhanças com o modus operandi de Marinésio. O nome da vítimas não foi divulgado pela polícia;

10) Babá moradora da Fercal – A vítima não teve o nome revelado, mas está desaparecida há um ano e meio após ter se dirigido a uma parada de ônibus;

11) Mulher de 23 anos – Em agosto deste ano, conseguiu escapar do ataque após ameaçar se jogar do carro em movimento. Foi abordada na Rodoviária de Planaltina;

12) Marília de Lurdes Ferreira – Desaparecida em agosto de 2012, ela foi achada morta um mês depois, na linha férrea dos arredores do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA);

13) Caroline Macêdo Santos– A adolescente de 15 anos foi encontrada morta no Lago Paranoá em maio do ano passado. A jovem era amiga da filha de Marinésio dos Santos Olinto e morava a 800 metros da casa do cozinheiro, no Vale do Amanhecer.

Com informações do Portal Metrópoles

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