Parece que mesmo com o anúncio de redução do preço do litro do diesel em R$ 0,46 e o congelamento do valor do combustível por 60 dias, as medidas adotadas pelo governo Temer não surtem efeitos. Já estamos no oitavo dia da greve dos caminhoneiros e a tendência pelo andar da carruagem é piorar já que outras categorias, como a dos petroleiros, por exemplo, informaram que também irão parar.
O presidente Temer fez um comunicado à nação na noite do último domingo (27). Com semblante abatido, o chefe do executivo tenta passar a imagem que está tudo sob controle. Porém, o que vemos nas ruas é falta de combustível, gás de cozinha e alguns alimentos e produtos que não estão mais disponíveis nas prateleiras dos supermercados. Ou seja, a greve não acabou.
Nesta segunda-feira (28), o Distrito Federal amanheceu com manifestações nas BRs 020, 040, 060, 070 e 080. A Epia sul está parcialmente ocupada por motoristas de vans escolares que mais cedo passaram por uma distribuidora de combustível no SIA. O aeroporto de Brasília, que apesar de ter sido abastecido com 10 caminhões com querosene durante a madrugada, segue com estoque comprometido para abastecer as aeronaves. Agora pela manhã 3 voos foram cancelados.
As escolas públicas estão com as aulas suspensas e as escolas particulares mantiveram as aulas, porém informaram que os alunos não sofrerão nenhuma penalidade. Na área da saúde, somente as emergências e hospitais estão atendendo e cirurgias foram desmarcadas. As creches públicas estão funcionando normalmente. Os ônibus estão circulando normalmente, sem redução de veículos e o Metrô anunciou que haverá ampliação do funcionamento nos horários de pico.
Pelo Brasil, em 25 estados há protestos. No Rio de Janeiro, caminhoneiros ainda bloqueiam algumas rodovias e a frota de ônibus está reduzida. Oito aeroportos brasileiros estão completamente sem combustível. Três entidades de caminhoneiros disseram que aceitam o acordo proposto pelo governo federal. Já a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e o Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos informaram que ainda não consideram a paralisação como encerrada.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que tem mais de 1 milhão de associados, informa que “ainda não houve tempo hábil para que todos os caminhoneiros tomassem conhecimento da decisão tomada. A entidade vem trabalhando para que a informação do acordo chegue em toda a categoria. Vale lembrar que ainda que a entidade se manifeste pelo fim das paralisações, nem todos os manifestantes seguem o mesmo entendimento. Mas acreditamos que até o fim da tarde de hoje a quantidade de caminhões parados tenha sido reduzida de forma significativa”.
O Expressão Brasiliense seguirá acompanhando o desenrolar das manifestações e os acordos que estão em andamento para por fim na greve que está entrando em sua segunda semana.
Da Redação com informações de sites de notícias
Fotos: Divulgação/G1-DF