Intervir, reformar e intervir novamente. Essa é a lógica que o presidente e seus aliados mais próximos estão projetando para os próximos meses.
Ao assinar o decreto que determina a intervenção federal, no Estado do Rio de Janeiro, até o dia 31 de dezembro deste ano, o presidente Michel Temer ficará impedido de seguir adiante com a sua reforma da previdência.
De acordo com a Constituição Federal, quando a União faz uma intervenção num dos Estados, ela não pode propor nenhuma alteração à Carta Magna. A reforma da previdência tramita no congresso como uma Proposta de Emenda à Constituição, a famosa PEC.
Até aí, tudo certo. Porém, Temer e sua equipe estão vislumbrando um outro cenário. Eles querem continuam articulando para ter certeza que num determinado momento tenham os 308 votos necessários para aprovar a PEC, revogar o decreto de intervenção, votar a reformar, onde nesse período transfere-se parte das prerrogativas do interventor para as Forças Armadas, e ao aprovar a reforma, deita-se um novo decreto retornando a intervenção federal no Rio. Eita, dá até um nó na cabeça isso, hein!?
Bom, essas foram as explicações dadas por Temer e o ministro da Defesa, Raul Jungmann na tarde desta sexta (16) à imprensa. Vamos ver se terão força política para que o script siga de acordo com o que eles planejaram. Sinceramente? Tenho minhas dúvidas se eles vão obter êxito com essas manobras. Ainda mais em ano de eleição.