A filiação do ex-jogador de futebol, Ronaldinho Gaúcho, no Partido Republicano Brasileiro – PRB, nesta terça-feira (20), deu a entender que era a cereja do bolo que faltava para a agremiação partidária. Com direito a gafe da Assessoria de Imprensa do PRB que enviou convite à imprensa do DF e depois disse que o craque perdeu o voo, o evento foi bastante disputado na sede do partido que fica numa mansão no Lago Sul.
Ronaldinho Gaúcho e seu irmão-empresário, Assis, assinaram a ficha de filiação ladeado por caciques do PRB. Ronaldinho nada falou. A sua aparência era de cansaço, enfado. O discurso ficou por conta do irmão que disse confiar no projeto do PRB. “Nós nos preocupamos com nosso país, é um grande prazer acreditar em algo que vai ajudar a população, algo que vai ser útil à sociedade. Acreditamos no projeto de inovação do partido para ajudar as pessoas”.
O PRB, que tem entre suas estrelas o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e o deputado federal Celso Russommanno, é hoje comandado por líderes ligados à Igreja Universal do Reino de Deus, como o próprio Crivella, e Marcos Pereira, ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços no governo do presidente Michel Temer (MDB).
Quanto ao cargo que Ronaldinho Gaúcho irá disputar, isso ainda é uma incógnita. Certamente, será para deputado federal ou senador. A chegada dele ao PRB é vista como uma forma do partido manter a tradição de ter estrelas do esporte em seu quadro e também conter as ameaças da atual secretária de Esportes do DF, Leila Barros de se desfiliar já que ela e sua equipe querem se manter na base do governo Rollemberg. O único representante do partido na Câmara Legislativa e o mais votado nas eleições de 2014, o deputado Júlio Cesar Ribeiro, juntamente com Leila, não foi ao evento prestigiar o craque.
O PRB
Criado há 12 anos, o PRB nasceu na Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo. Embora tente desvincular sua imagem da religião, veio da instituição evangélica o atual principal político do PRB, o bispo licenciado Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro.
Fundado em 2005 como Partido Municipalista Renovador (PMR), José Alencar ocupou a presidência de honra da legenda. Já como PRB, em sua primeira eleição, em outubro de 2006, o partido conseguiu eleger um deputado federal, três estaduais, além de garantir, com José Alencar, a vice-presidência da República, na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com uma escalada exponencial, a legenda conta, atualmente, com 106 prefeitos, 1.618 vereadores, 37 deputados estaduais, 22 deputados federais, um senador e um ministério da Indústria, Comércio e Pesca. Em 2007, o PRB pulou de 8.023 filiados, em setembro, o partido chegou a 120.992, em novembro – um aumento de 1.408,06%.
PRB na Lava-Jato
No início do ano, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, indicado pelo partido, foi acusado de negociar um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014, segundo depoimento que integra a delação da empreiteira na Lava-Jato. Os recursos, entregues em dinheiro vivo, compraram apoio do partido então presidido por Pereira à campanha de reeleição de Dilma Rousseff, que tinha Michel Temer como vice.
O dinheiro dado ao PRB fazia parte de um pacote maior, que envolvia também o apoio de PROS, PCdoB, PP e PDT à chapa governista. Ao todo, a Odebrecht colocou cerca de R$ 30 milhões na operação. O acordo é descrito, com diferentes pedaços da história, nas delações de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e dono da empreiteira, e dos executivos Alexandrino Alencar e Fernando Cunha.
Da Redação com informações de sites de notícias
Fotos: Divulgação/PRB e Divulgação/Metrópoles
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