Os percalços ou as trapalhadas do deputado Luis Miranda para se sustentar no cargo
Nas últimas eleições de 2018, o Distrito Federal elegeu Luis Miranda com 65.701 votos para ser um dos representantes do povo na Câmara dos Deputados. Eleito pelo DEM, Miranda desbancou o então deputado Laerte Bessa que estava na coligação querendo ficar em segundo lugar na chapa formada pelo DEM – PSDB – PR, sabendo que a ex-primeira-dama do DF, Flávia Arruda estava cotada para se eleger na frente dos demais. Eis que começam as inúmeras histórias do tal Luis Miranda.
Até então, as histórias sobre a vida do parlamentar eram desconhecidas pela população do DF. Mas, já que 4,52% dos votos válidos, em síntese, uma parte de nós brasilienses o escolheu, temos que saber quem. Luis Miranda era empresário em Brasília antes de ir tentar a vida nos Estados Unidos. De lá, resolveu começar a fazer vídeos sobre o modo de vida americana. Acabou virando youtuber. Atualmente, o parlamentar tem um pouco mais de 700 mil seguidores. Quando se elegeu tinha mais de 1 milhão.
E pode ser que isso se deva as matérias ditas negativas sobre o parlamentar. No último dia 25 de agosto, Luis Miranda fez uma live (transmissão ao vivo) em seu canal no Youtube para pedir ajuda. Porém, no decorrer do vídeo ele assume que teve problemas no passado com uma empresa aqui no Brasil, mas que estava resolvendo. Como vivemos numa democracia, ele está tendo o seu direito à ampla defesa e ao contraditório garantidos.
Ao se fazer uma pesquisa sobre Luis Miranda em sites de busca, se encontra de tudo um pouco. Numa breve busca no site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, constam processos de execução fiscal, cumprimentos de sentenças por locação de imóveis, indenização por danos morais e um processo dele contra o Google. No STF, ele já deu entrada num pedido de habeas corpus que teve o despacho do presidente da corte, Dias Toffoli, no dia 2 de setembro, solicitando a distribuição. Vai saber porque ele pediu esse HC.
E hoje, teremos uma matéria sobre os supostos golpes de Luis Miranda nos Estados Unidos no programa Fantástico, da Rede Globo. Nos últimos dias, a polícia civil prendeu um suposto mafioso que estava extorquindo o deputado. A vida dele anda um pouco conturbada. Pelo visto, a troca de assessoria não deu muito resultado. É Tiririca, pior do que tá, fica! Vamos aguardar.
O pouco interesse de hoje, pode se tornar os poucos votos de amanhã
Na última quinta-feira (05), policiais militares e bombeiros estiveram reunidos com a bancada federal do DF no Congresso Nacional em busca de apoio para as duas categorias que estão pedindo reajustes salariais, o que não ocorre desde 2015, e alterações na lei que rege as duas carreiras militares. A reunião contou com a presença dos senadores Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros (PSB), e dos deputados Professor Israel (PV)e Bia Kicis (PSL). Os deputados distritais Roosevelt Vilela (PSB) e Julia Lucy (Novo) se fizeram presentes. Representantes das duas forças se manifestaram sobre suas reivindicações. Os parlamentares lamentaram a ausência de representantes do GDF, que teve um compromisso oficial da Polícia Civil, nesse mesmo dia e horário. Porém, os militares ficaram na bronca com os demais parlamentares da bancada do DF. Não compareceram à reunião, o senador Reguffe (sem partido) e os deputados Júlio Cesar Ribeiro (PRB), Luis Miranda (DEM), Érika Kokay (PT), Celina Leão (PP) e Flávia Arruda (PL). A ausência da deputada Flávia Arruda foi muito sentida. Os PMs e bombeiros se disseram decepcionados com os ausentes.
O 7 de Setembro de Bolsonaro teve celebridades, quebra de protocolo e exibicionismo por parte da família presidencial
A semana que passou foi intensa para os militares do Brasil. O desfile de 7 de Setembro foi preparado com muito cuidado, pois seria o primeiro pós regime que os militares teriam um presidente e vice-presidente oriundos da caserna. A semana que antecedeu a parada teve ensaio das bandas das forças na Praça dos Três Poderes e sobrevoo de reconhecimento de parte da frota de aviões e helicópteros que desfilaram pela Esplanada no último sábado.
O presidente chegou em carro aberto e com direito a dar uma carona para seu filho Carlos, vereador do Rio de Janeiro e para o menino Ivo Cesar Gonzaga, de 9 anos, que foi convidado por Bolsonaro a subir no Rolls Royce enquanto corria para dar um tchau a ele próximo a biblioteca do Senado. Chegando a tribuna presidencial, Jair Bolsonaro foi recebido pelo seu vice, general Hamilton Mourão, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre e pelo governador do DF, Ibaneis Rocha.
O primeiro desfile de Bolsonaro no comando da Presidência da República teve convidados ilustres como Silvio Santos, do SBT, o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal, Luciano Hang, da Havan, entre outras personalidades do mundo empresarial. A família do presidente foi posta logo atrás dele e o buxixo maior ficou por conta da carona ao “02”. Os militares o acham muito exibicionista e consideram que tenham algum transtorno psíquico. O presidente ainda interrompeu o desfile para descer da tribuna e cumprimentar o público presente na arquibancada. Nesse momento foi acompanhado por Sérgio Moro e outros ministros.
O MDB Nacional sob o comando de uma mulher
Nos corredores do Congresso Nacional, já é dado como certo que o MDB vá parar nas mãos da senadora Simone Tebet. A maioria do partido só enxerga nela as chances de mostrar que o partido está renovando seus quadros. O problema é que antigos caciques estão com receio de que o partido venha promover uma caça às bruxas e políticos tarimbados percam espaço e nas próximas eleições não consigam retornar. O ti ti ti é que essa turma tem um defensor de peso no Senado com capacidade e articulação suficiente para sufocar as investidas de Simone. Ninguém mais do que o conhecido senador Renan Calheiros. A aposta é de que como Renan conhece os trâmites da casa na palma da mão, ele possa armar alguma para deixar Simone Tebet em maus lençóis à frente da sua CCJ. Todo cuidado é pouco nessa hora, ainda mais quando se disputa poder e holofotes.
Frase para refletir
“A politica não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer Justiça”, Aristóteles (384 a.C – 322 a.C), filósofo grego.
Por José Fernando Vilela