• 21 de novembro de 2024

O FINO DA POLÍTICA | Sem concorrente, Wellington Luiz deve se eleger presidente da CLDF com o apoio de praticamente todos os distritais

Sem concorrente, Wellington Luiz deve se eleger presidente da CLDF com o apoio de praticamente todos os distritais

Foto: Reprodução/Google Imagens

Assim que o primeiro turno das eleições gerais deste ano acabaram, as movimentações e articulações para um novo pleito eleitoral tiveram início nos bastidores da política brasiliense: a escolha do presidente da Câmara Legislativa do DF e demais cargos da mesa diretora. O futuro presidente do parlamento distrital será o emedebista Wellington Luiz.

O policial civil aposentado soube construir uma aliança imbatível ao ponto de fazer com que o único colega que se dispôs a bater chapa contra ele, o deputado Iolando, também do MDB, declinasse de sua candidatura. A expectativa entre os aliados de Wellington é que ele seja eleito com o voto de praticamente todos os deputados distritais.

Bem articulado

Com a confirmação da eleição de Wellington Luiz para a presidência da CLDF, o ex-distrital demonstra que sabe se movimentar por todas as correntes políticas existentes na Casa de Leis. Wellington montou uma chapa que contempla tanto os distritais da base governista, quanto os da oposição. O policial civil soube agir nos momentos certos e conter possíveis debandadas do grupo. Wellington Luiz ensinou para alguns pseudosestrategistas e cientistas políticos como é que se faz política de verdade. 

Bancada de rebeldes

Em meio ao ti-ti-ti da eleição na CLDF, esta coluna soube por meio de fontes de que há um grupo de distritais que está insatisfeito com o espaço que lhe foi oferecido junto ao governo Ibaneis. Eles querem mais. De acordo com os relatos, os distritais ‘rebeldes’ vão aguardar passar o mês de janeiro e quando os trabalhos legislativos se iniciarem em fevereiro, eles vão começar a se movimentar para atrapalhar as votações com o intuito de reivindicar mais espaço junto ao governo Ibaneis. Muitos atores desse grupo e seus modus operandi são conhecidos pela cúpula do GDF. Tomara que esses distritais saibam o que estão fazendo para depois não chorar o leite derramado..

Pedrosa, o novo ‘homem do orçamento’

Foto: Reprodução/Google Imagens

Quem está surgindo como um dos líderes na CLDF é o distrital Eduardo Pedrosa, do União Brasil. O deputado será o novo presidente da comissão de economia, orçamento e finanças (Ceof) da Casa. O colegiado que Pedrosa vai comandar uma das comissões mais importantes da CLDF, pois algumas matérias dependem única e exclusivamente de parecer da Ceof. “Pedrosinha”, como é chamado nos bastidores, vai passar a ser o ‘homem do orçamento’. 

Depois de reformular equipe, Ibaneis Rocha dá início ao seu segundo mandato no GDF

Foto: Divulgação/Ag. Brasília

O segundo mandato de Ibaneis Rocha, do MDB, tem tudo para entrar para a história política da capital federal. E para que tudo dê certo, Ibaneis não hesitou em realizar uma reformulação na sua equipe e criar uma comissão para detalhar as propostas e compromissos firmados durante a campanha com os eleitores brasilienses. Um dos maiores desafios do próximo governo Ibaneis é acertar a mão na gestão de áreas importantes e que refletem no dia a dia dos cidadãos como saúde, segurança, educação e habitação. Para o próximo mandato, Ibaneis Rocha estabeleceu metas, objetivos e ações que vão fazer a diferença na vida da população do DF.

Nova força política do DF

Um dos assuntos mais comentados no meio político desde que as eleições terminaram é a ascensão e consolidação de Ibaneis Rocha como nova força política do DF dos últimos anos. O próprio partido de Ibaneis tem planos de usar a administração de seu filiado como vitrine, principalmente, no que tange a atuação na área social, pois o GDF vem ampliando a sua capacidade de atendimento, que é cinco vezes maior do que a do seu antecessor.

Celina Leão, a fiel escudeira

Foto: Reprodução/Google Imagens

Ao assumir o cargo de vice-governadora do DF neste domingo (1º), a então deputada Celina Leão, do PP, passará a ter mais liberdade para atuar no meio político. Aliada de primeira hora de Ibaneis, Celina sempre esteve à frente das negociações do GDF junto ao Congresso Nacional e até mesmo com o governo federal. Nesses quatro anos que ficou como federal, Celina Leão foi a única parlamentar da bancada do DF a usar a tribuna do plenário para defender o governo Ibaneis. A leoa tem sido chamada de ‘a fiel escudeira de Ibaneis’. 

Grupo Arruda ficou de fora

Foto: Reprodução/Google Imagens

Depois da derrota nas urnas nas eleições deste ano, o grupo do casal Arruda vai terminar 2022 de forma melancólica. Nem o ex-governador Arruda e nem sua esposa, a ex-ministra e deputada Flávia Arruda, ambos do PL, foram convidados para participar do GDF. Nesses últimos meses que sucederam as eleições, o nome dos Arrudas surgiu pouquíssimas vezes nas reuniões. Nos bastidores, muita gente atribui esse isolamento aos conluios, conchavos e armações orquestradas por pessoas do grupo e pelo próprio Arruda no decorrer da campanha.

No meio político, a conta da derrota de Flávia Arruda para Damares Alves, senadora eleita pelo Republicanos, está sendo creditada ao ex-governador Arruda, tendo em vista que ele foi um dos que mais estimulou a candidatura da pastora. Em suma, o grupo Arruda está fora do GDF, Flávia não foi para o governo de São Paulo como estava se especulando por aí, e muito menos será a secretária do Entorno do governo de Goiás, conforme alguns prefeitos da região vinham anunciando. Pelo visto, até 2026, os anos serão longos para os Arrudas.

Políticos do DF não sentiram nem o cheiro do 1º escalão no governo Lula

Foto: Reprodução/Google Imagens

Assim que os primeiros nomes de políticos da esquerda da capital federal foram anunciados para integrar o governo de transição do presidente Lula, a ‘companheirada’ do DF vibrou e ficou entusiasmada com a possibilidade de voltar ao protagonismo da política brasiliense. Contudo, os atores da esquerda brasiliense foram preteridos e não foram contemplados com um cargo no 1º escalão do governo Lula. Sem espaço no terceiro governo do petista, a esquerda brasiliense está se deteriorando e se continuar nessa toada, em 2026, vai chegar mais uma vez enfraquecida e sem perspectivas de alçar voos mais altos. Nem mesmo a velha guarda do PT local foi prestigiada. A esperança dos ‘companheiros’ da capital federal é que sobre algum carguinho no segundo ou terceiro escalão que possa amenizar a situação. Por enquanto, a turma do Lula no DF segue sem saber se eles vão atuar como coadjuvantes, figurantes ou ficarão como mero espectadores do terceiro governo do presidente petista.

Ano de conquistas e realizações

A coluna O Fino da Política deseja a todos os seus leitores e seguidores um 2023 repleto de conquistas, realizações, prosperidade, paz e saúde. Vamos em frente que o ano está apenas começando e muita coisa vai acontecer na política brasiliense. 

* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral e trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É o atual presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias.

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