A quarta-feira (18) promete ser agitada para os políticos do DF. A corrida eleitoral para comandar o Palácio do Buriti a partir de 2019 deve ganhar novos rumos a partir de hoje. E a pergunta do momento é quem herdará os votos que seriam destinados ao médico Jofran Frejat (PR)? O grupo ligado a ele ficou órfão, mas não está morto. Segundo o disse me disse, um dos integrantes desse grupo tem conversado com os antigos aliados visando, quem sabe, montar um “chapão” imbatível para liquidar a fatura já no primeiro turno e deixar o atual governador chupando dedo.
Vamos aos propícios herdeiros do capital político de Frejat. Entre os mais beneficiados com a saída do médico estão o deputado federal Izalci Lucas (PSDB) e a ex-distrital Eliana Pedrosa (Pros). Ambos são políticos experientes e tarimbados no meio político, porém, Izalci leva vantagem por ser reconhecido com um exímio administrador e por ser um político que não tem manchas em sua trajetória. Já Eliana, carrega a marca de querer sempre favorecer os negócios da família, além de ter ao seu lado um irmão considerado por muitos como uma pessoa inescrupulosa, sem caráter. Portanto, desses dois, Izalci pode ser o mais favorecido. Para ter certeza disso, somente uma nova pesquisa que irá nos mostrar quem ganhou mais adesões.
Outro que está querendo por seu nome à prova nas urnas é o deputado federal e ex-governador-tampão, Rogério Rosso (PSD). Antes de Frejat definir seu caminho, Rosso já havia manifestado que com a saída do médico ele entraria na disputa. O deputado roqueiro ganhou até o apoio do senador Cristovam Buarque (PPS), gerando uma quebra de confiança entre eles e Izalci que é, ainda, o pré-candidato lançado pela Terceira-Via. Porém, Rogério Rosso tem que pôr na cabeça que não basta querer. Quando foi governador-tampão, ele terminou sua gestão muito mal avaliado e com fama de que não cumpre acordo. Bom, a facada que ele e Cristovam estão querendo dar em Izalci diz tudo. Há rumores de que Rosso está sendo chantageado por gente muito perigosa para se candidatar com o intuito de receber apoio financeiro para a campanha e, caso eleito, mantenha os esquemas obscuros da época da “Caixa de Pandora”.
Já o grupo de Frejat, vai ter que correr contra o tempo e decidir se vão escolher um novo nome entre eles ou apoiar um dos antigos aliados (Izalci ou Eliana). Após o anúncio da retirada da candidatura do médico, Filippelli (MDB), Fraga (DEM), Rôney Nemer (PP), Marcos Pacco (Avante) e Cristian Viana (PHS), se reuniram num restaurante para deglutir a ação, até então, considerada inesperada pelo grupo. O que está claro é que eles agora pretendem isolar o PR e o ex-governador Arruda das negociações, apontado como um dos culpados pela desistência de Frejat.
Ao final de tudo, o atual governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB) deve herdar um pouco dos votos que seriam para o médico. Caso Rollemberg ganhe algumas adesões ao seu projeto de reeleição, será muito pouco, pois quem votaria em Jofran Frejat, certamente, está insatisfeito com a desastrosa atual gestão. Analisando friamente, Rollemberg e Rosso têm praticamente os mesmos índices de avaliação de suas gestões.
Então fica assim, vamos esperar as cenas dos próximos capítulos para saber quem de fato herdará os votos que seriam para Frejat. Como diz um amigo meu: tem um rio Amazonas inteiro para passar debaixo da ponte.
Da Redação
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