PT e PSB vão estar em lados opostos em 2026 na disputa pelo GDF
A esquerda brasiliense está tentando se reorganizar no cenário político visando ter um melhor desempenho nas próximas eleições de 2026. Entre os partidos desse espectro-político, o PT e o PSB sempre tiveram mais destaques que as demais legendas. Ambas as siglas até marcharam juntas em muitas ocasiões, porém de uns tempos para cá, os líderes não estão se entendendo mais. Para 2026, eles devem ficar em lados opostos na corrida ao GDF. O PT está tentando encontrar um nome que seja competitivo. Até o momento, os petistas não tem ninguém. Os que estão se movimentando nos bastidores são velhos conhecidos e já não conseguem mais conquistar o apoio da militância. É possível que venha alguém fora, como foi com Agnelo Queiroz, que era do PCdoB e se transferiu para o PT e venceu em 2010. Já o PSB, aparentemente, tem o seu candidato, o ex-secretário-executivo do MJ e novo presidente da ABDI, Ricardo Cappelli. Ele ficou conhecido por aqui ao ser nomeado interventor federal das forças de segurança do DF após os atos criminosos do dia 8 de janeiro. Cappelli já conta com o aval da cúpula pessebista da capital federal. Em 2022, o PT teve que engolir goela abaixo o forasteiro Leandro Grass, do PV, e o PSB tinha Rafael Parente como candidato, mas ele acabou desistindo. Para o próximo pleito, as movimentações indicam que cada sigla terá o seu candidato ao Buriti. Como a esquerda não conta mais com a simpatia do eleitorado brasiliense como antigamente, se essas articulações prosperarem, em 2026, o GDF deve permanecer com os rivais.
Administrações marcadas pelo fracasso
Além de não possuir candidatos que atraiam os eleitores, o PT e o PSB ainda têm que lutar para desfazer a péssima impressão deixada por suas passagens pelo Buriti. Os petistas já comandaram o GDF por duas vezes, governos Cristovam e Agnelo, e o PSB, uma vez com Rodrigo Rollemberg. O problema maior é que as gestões da esquerda ficaram marcadas pelo fracasso. No ranking de desempenho dos governadores que passaram pelo GDF, os três esquerdistas estão lá embaixo. Rollemberg detém até o título popular de ‘pior governador da história da capital federal’. Pelo atual cenário, o grupo que hoje está no comando tem tudo para continuar mais quatro à frente do Buriti.
Distritais deixaram Ibaneis esperando
Na última quinta-feira, dia 1º de fevereiro, a Câmara Legislativa do DF realizou sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos deste ano. A solenidade contou com a presença do governador do DF, Ibaneis Rocha, do MDB. Ele aproveitou para ir pessoalmente pedir apoio aos distritais no combate à dengue no DF. Contudo, o início da cerimônia ficou marcada pelo atraso de muitos distritais, principalmente, os da base governista. Esperava-se que os parlamentares já se encontrassem no plenário quando o chefe do Executivo chegasse, mas apenas alguns gatos pingados se faziam presentes. A demora dos distritais foi percebida por todos e gerou inúmeras especulações e interpretações.
Presidente da CLDF estava constrangido
A ausência dos colegas deixou o presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz, que é do MDB, constrangido. Ele chegou a pedir desculpas a Ibaneis e passou um ‘carão’ em alguns distritais como o líder do governo, deputado Robério Negreiros, do PSD. Para ganhar tempo até os parlamentares chegarem ao plenário, Wellington teve que proceder com a leitura do expediente sobre a mesa. Ibaneis teve que ficar lá esperando a boa vontade dos distritais. Assim que percebeu que dava para proceder com a abertura oficial, o presidente da CLDF interrompeu a leitura dos itens da pauta e deu início à solenidade. Ibaneis, assim que fez seu discurso, tratou de sair fora da cova dos leões.
Ao arquivar inquérito contra governador, Anderson Torres e coronéis da PMDF, MPF põe fim às especulações de conspiração
O Ministério Público Federal, por meio do despacho do procurador da República, Carlos Henrique Martins Lima, pediu o arquivamento do inquérito civil contra Ibaneis Rocha, Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do DF e ex-ministro, e alguns coronéis da PMDF, quanto ao envolvimento deles com os atos do 8 de janeiro. De acordo com o MPF, após analisar os documentos das investigações não foram encontradas nenhuma prova do envolvimento deles com os manifestantes. Com isso, as teorias conspiratórias e especulações de conspiração caíram por terra. A oposição agora vai ter que virar o disco, pois o discurso de que o GDF foi conivente com os atos criminosos não vai colar mais.
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do Expressão Brasiliense, e é presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021. É também apresentador do programa Viva a sua Cidade, na Viva FM, 101.3.
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