• 21 de novembro de 2024

O FINO DA POLÍTICA | Professores radicalizam com greve e Ibaneis diz que não vai ceder à pressão

Professores radicalizam com greve e Ibaneis diz que não vai ceder à pressão

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

A greve deflagrada pelos professores na última quinta-feira (4) sob o argumento de que a categoria merece um reajuste salarial acima dos 18% propostos pelo GDF, percentual que também foi concedido para os demais servidores públicos da administração distrital, está sendo considerada pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, do MDB, como ‘radical’. Durante solenidade no Palácio do Buriti, que oficializou o reajuste para os servidores efetivos e comissionados, no dia 2 de maio, dois dias antes da assembleia dos professores, Ibaneis avisou que não aceitaria que os profissionais radicalizassem com a greve e lembrou que advogou por muitos anos para sindicatos e que estava aberto ao diálogo. 

“Para quem não sabe, eu passei 25 anos da minha vida praticamente advogando para sindicatos aqui nesta cidade. Então, eu também sei radicalizar. E a gente está disposto a discutir e a debater com todas as categorias, e dar o melhor, dentro do que for possível, para o servidor do Distrito Federal”, observou o governador.

Piquete nas escolas por causa da baixa adesão

Apesar de todo o barulho feito nas redes sociais, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) tem ciência que a maioria da categoria não aderiu ao movimento grevista. A adesão dos profissionais está baixa. A entidade divulgou que a partir da próxima segunda (8) vai fazer piquete nas portas das escolas para cooptar mais professores a aderir à greve.

Categoria descrente com dirigentes

Não é de hoje que os professores vêm demonstrando que estão insatisfeitos com a forma que as greves têm sido abordadas e organizadas pelo sindicato. Há um sentimento de descrença entre os profissionais em relação à entidade que os representa, em especial, com seus dirigentes. Daí surgem as teorias e narrativas de que a maioria prefere seguir trabalhando nas escolas para não prejudicar os estudantes do que participar dos atos e mobilizações realizadas pelo Sinpro-DF.  

Insatisfeitos com uso político do sindicato 

Outra reclamação entre os docentes é que a categoria não pode servir para ser massa de manobra de partidos políticos ou de parlamentar. O índice de insatisfação com esse quesito também é alto. A classe já não é mais como antes quando a paixão por correntes e doutrinas políticas falavam mais alto. O que a grande parte dos professores querem, e fazem jus por merecer, é ser mais valorizado e ter melhores condições de trabalho. 

PO presta reverência ao rei Charles III 

Foto: Reprodução/Instagram

Mesmo de longe, o ex-vice-governador e senador do DF, o empresário Paulo Octávio fez questão de prestar reverência ao rei Charles III, que foi coroado no último sábado (6), em Londres. Em suas redes sociais, PO postou a foto de quando ele, acompanhado de sua esposa Anna Christina Kubitschek, recebeu o então príncipe de Gales em Brasília em março de 2009. O empresário destacou que o agora rei se hospedou em um de seus empreendimentos e que ele estava no exercício do cargo de governador do DF. O agora rei Charles III já visitou Brasília por quatro vezes.

Rollemberg precisa aprender com a monarquia britânica

Foto: Reprodução/Google Imagens

Preocupado com as previsões de chuvas durante a cerimônia de sua coroação, o rei Charles III mandou buscar no Brasil a médium Adelaide Scritori, da Fundação Cacique Cobra Coral. Adelaide diz que incorpora o espírito do cacique Cobra Coral e que ele trabalha para manipular o clima. No perfil da fundação foi divulgado que a operação dedicada a afastar a chuva durante as solenidades foi um sucesso. Essa não é a primeira vez que a médium presta serviço para a monarquia britânica. Ela fez o mesmo ritual nos casamentos dos príncipe William e Harry e no jubileu da rainha Elizabeth II.

Em 2017, o então governador do DF, Rodrigo Rollemberg, do PSB, contratou a mesma fundação para ajudar a acabar com o racionamento de água. Na época, a fundação confirmou que estava fazendo invocações na região do Entorno para fazer chover em Brasília a mando de Rollemberg. Ao contrário da monarquia britânica que não esconde de ninguém que recorre aos serviços do cacique Cobra Coral, Rollemberg negou que tinha relações com a entidade e acabou ficando sem chuva e sem mandato. Aliás, o socialista Rodrigo Rollemberg está sem mandato desde então. Quem mandou mexer com o Cobra Coral.

Veja a abaixo a postagem da fundação:

Foto: Reprodução/Instagram

https://www.instagram.com/p/Cr6INwzLzpD/?utm_source=ig_web_button_share_sheet

Semana improdutiva na CLDF

Foto: Reprodução/Google Imagens

As sessões do plenário da Câmara Legislativa do DF (CLDF) durante a semana que passou ficaram marcadas pela improdutividade. Os distritais concentraram os debates na disputa política pós-eleições entre os apoiadores do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL. Na terça, dia 2 de maio, a sessão foi encerrada por falta de quórum para não votar uma moção de repúdio contra o presidente Lula pela fala sobre as pessoas com deficiência (PCDs). Na quarta, dia 3, os distritais ficaram discutindo se Bolsonaro deveria ter ido depor à PF ou não sobre a possível adulteração em seu cartão de vacina para que ele pudesse entrar nos EUA. Enquanto isso, nada de votar projetos ou matérias do DF, entre outros assuntos mais pertinentes à população brasiliense.

Ex-comandante da PMDF e generais já têm data para depor na CPI

Foto/montagem: Reprodução/Google Imagens

Para não dizer que a semana passada foi totalmente perdida na CLDF, o que salvou foi a divulgação do calendário de depoimentos da CPI que está em andamento na Casa para investigar os atos antidemocráticos dos dias 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro deste ano. O ex-comandante-geral da PMDF, coronel Fábio Augusto, será ouvido na próxima quinta, dia 11. Entre os generais convocados a depor, o primeiro deles será o ex-chefe do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra, no dia 18. O ex-ministro do GSI do governo Bolsonaro, general Augusto Heleno, está marcado para dia 1º de junho. Essa é a segunda tentativa da CPI de ouvir Heleno. Já o general Gonçalves Dias, também conhecido como G. Dias, que ocupava o cargo de ministro do GSI e aparece nas imagens das câmeras do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, vai depor à CPI no dia 17 de junho.

* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral e trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021.

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