Ibaneis chegou de férias pegando pesado no trabalho
Desde que voltou à ativa, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), adotou um estilo mais agressivo do ponto de vista estratégico para a sua gestão. Como este ano será o primeiro em que ele atuará sob as metas e objetivos traçados por ele e seu secretariado, será o momento de poder mostrar trabalho com sua cara, com seu jeito. No sábado (19), Ibaneis foi ao Gama anunciar benfeitorias para a cidade. O governador distribuiu apertos de mão, posou para fotos e conversou com moradores e empresários de forma descontraída. A performance do advogado dá a entender que em 2020 o chefe do Buriti vai estar acompanhando de perto o trabalho que está anunciando por aí.
A postura de Ibaneis Rocha confirma o que ele revelou no final de dezembro em uma coletiva para blogueiros onde tivemos a oportunidade de estar presentes. “Estou me acostumando a governar”. Essa sinalização do governador Ibaneis de que está mais familiarizado com a máquina pública, aponta que em 2022 ele estará concorrendo novamente a algum cargo público. Nos bastidores, muito se fala em alçar voos mais altos como compor a chapa presidencial de algum aliado do MDB. Mas, já tem político do DF acreditando que Ibaneis Rocha virá mesmo à reeleição, porém vai depender muito do seu desempenho já que pegou a administração da capital da República praticamente falida. E cá para nós, Ibaneis pegou um grande abacaxi e descascá-lo não está sendo uma tarefa fácil. Bom, o que vemos é um governo presente e que está começando a colher os resultados.
Bolsonaro não quer o fundão porque já tem quem vai pagar a conta
No Congresso Nacional, muitos caciques políticos ficaram alertas com o pedido do presidente Jair Bolsonaro para que os eleitores não votem em candidatos que façam uso do fundo eleitoral. Bolsonaro está correndo para fundar o Aliança pelo Brasil e não ficar na dependência das raposas da velha política. O ti-ti-ti entre os líderes partidários é que Jair Bolsonaro está jogando para a plateia o fato de que os partidos políticos passaram a ser financiados com dinheiro público, o que é uma imoralidade já que se paga uma fortuna em impostos neste país, e, agora, uma parte será destinada para financiar o show dos políticos. Só que a postura do presidente em desdenhar dos partidos tem um outro motivo. Bolsonaro ao iniciar a articulação para criar o Aliança chamou para seu lado o advogado e suplente de senador Luis Felipe Belmonte, que é marido da deputada Paula Belmonte, do Cidadania daqui do DF. Luis Felipe é um homem rico, porém é neófito no meio político. O casal Belmonte ascendeu a política brasiliense nas últimas eleições, até então viviam fora do país.
Os atos e reuniões públicas do Aliança pelo Brasil são todos muito bem organizado e com uma infraestrutura de causar inveja a outros partidos. Os caciques do Congresso apontam que o advogado Belmonte está por trás de financiar a fundação do Aliança uma vez que será o 2º vice-presidente nacional da sigla. Porém, o que muita gente está de olho é a forma que a fatura será apresentada depois. No jogo político, ninguém faz nada de graça.
Para Refletir
“Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo”, Abraham Lincoln (1809 – 1865) advogado e político norte-americano que foi assassinado no exercício do cargo de presidente dos EUA.
Por José Fernando Vilela