Brasília, por ser a capital do país, sempre foi palco de grandes mobilizações e manifestações, principalmente, na região central da cidade. Ver multidões ou pequenos grupos de pessoas protestando na Esplanada dos Ministérios, é uma situação natural e comum para quem é daqui, e dependendo do contexto da manifestação também é legítimo e legal realizar atos públicos naquela localidade.
Essa pré-disposição para acolher os nossos patrícios nos torna suscetíveis a receber grupos que ultrapassam os limites da democracia. As recentes manifestações contrárias ao Supremo Tribunal Federal (STF) fez com que o governo do Distrito Federal (GDF) agisse de forma mais enfática. Um acampamento que estava instalado na Esplanada foi desativado a pedido do Ministério Público e os ativistas políticos decidiram revidar a ação soltando fogos de artifícios, na noite de sábado (13), na direção da sede do Tribunal e divulgaram vídeos nas redes sociais onde ameaçam os ministros da Corte, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, e o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
A afronta às autoridades resultou na exoneração do subcomandante geral da Polícia Militar do DF que era o responsável pelas operações na região na noite de sábado. Ibaneis Rocha considerou inadmissível que a PMDF não tenha impedido que os ativistas promovessem o protesto de maneira audaciosa e desrespeitosa. Ao falar sobre o assunto, Ibaneis afirmou que não irá tolerar atos anti-democráticos e avisou que quem vier à capital para fazer baderna, disfarçada de mobilização social ou pública, será punido com os rigores da lei.
Ibaneis tem um bom relacionamento com o governo federal, mas sempre deixou claro que fará valer a sua prerrogativa constitucional para decidir o que é melhor para o Distrito Federal. Ou seja, Ibaneis Rocha mostra que aqui tem um governante que está preocupado com seu povo e Brasília não é a casa da mãe Joana.