Fraga diz que Luis Miranda não fica no DEM
O presidente do Democratas-DF, Alberto Fraga, em conversa com este colunista sobre a denúncia apresentada no decorrer da semana pelo deputado federal Luis Miranda, também do DEM-DF, juntamente com seu irmão e servidor público federal, Ricardo Miranda, em relação a suposta compra irregular de vacinas pelo governo Bolsonaro, disse que o parlamentar passou a ser persona non grata no partido e não fica na legenda.
Apresentar provas
O DEM é um dos partidos mais fiéis ao presidente Jair Bolsonaro. O episódio envolvendo um parlamentar da legenda constrangeu a cúpula do Democratas. Fraga comentou que “o deputado Luis Miranda terá que provar tudo o que disse à CPI”.
Futuro político ao lado da esquerda
Quanto ao futuro político do deputado, Alberto Fraga disse ainda que Luis Miranda só terá votos em 2022 “se for do pessoal da esquerda”. Em 2018, Miranda se elegeu na crista da onda bolsonarista.
Pedido descabido
Sobre a manifestação de Luis Miranda de que vai pedir a expulsão do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, por sido atacado por ele, Fraga ironizou a atitude do deputado. “Como que ele, que está de saída do partido, e depois de tudo isso, quer ter moral para pedir a expulsão de alguém?”, indagou. “Ainda mais o Onyx“, completou Fraga.
Elo com Bolsonaro
No decorrer da construção da candidatura de Bolsonaro para chegar ao Planalto em 2018, nos bastidores atribui-se que foi Fraga e Onyx, na época, deputados assim como o presidente, juntamente com mais uns três dirigentes do DEM, os responsáveis por articular o apoio da legenda ao projeto. Portanto, entre Onyx e Miranda, adivinhem?
“Como que ele, que está de saída do partido, e depois de tudo isso, quer ter moral para pedir a expulsão de alguém?”, Alberto Fraga, presidente do DEM-DF, sobre pedido de Luis Miranda para expulsar Onyx Lorenzoni
Fecomércio-DF reconhece trabalho de Ibaneis
O inesperado surgimento da pandemia em 2020 pôs à prova a capacidade de gestão administrativa do advogado emedebista Ibaneis Rocha. A atuação do atual governador do DF fez com que a Fecomércio-DF promovesse um almoço em agradecimento a ele e seu secretário de Economia, André Clemente na última quinta (24).
Recado do setor
A presença maciça de empresários e presidentes de sindicatos do setor e de outras áreas no evento não foi bem vista pelos demais candidatos ao GDF. A homenagem está sendo considerada como uma declaração de apoio ao atual chefe do Buriti.
Futura parceria
Um dos assuntos mais comentados durante o almoço foi a presença da ministra Flávia Arruda. A futura aliança entre Ibaneis e Flávia em 2022 ganhou manifestações de apoio. As participações rotineiras da ministra em eventos do GDF confirmam que Flávia Arruda quer marchar com Ibaneis. A parlamentar vem sinalizando a intenção de concorrer ao Senado Federal no próximo ano.
Adalberto Monteiro segue firme no Patriota
Na edição anterior desta coluna, trouxemos a revelação de que a disputa interna na executiva nacional do Patriota, partido que estava a ponto de receber a filiação do presidente Jair Bolsonaro, poderia chegar até a executiva do DF. No entanto, os patriotas decidiram afastar o presidente nacional do partido, Adilson Barroso, por 90 dias, e não houve nenhuma mudança nas executivas estaduais.
Como este colunista revelou na semana passada, o nome de Adalberto Monteiro segue constando no site da legenda como presidente do Patriota-DF e de lá não deve sair.
Nominata para distrital
Reconhecido pela sua eficácia em montar nominatas para eleições proporcionais, Adalberto Monteiro já está em campo em busca de repetir o feito de 2018. Para o ano que vem, o dirigente adiantou à coluna O Fino da Política que o limite de votos para quem quer entrar na disputa para distrital será de 8 mil votos.
Eliana já pulou fora
As conversas e articulações para se montar uma “3ª via” na corrida ao GDF parece que já esfriou. Ontem (26), a coluna do Gianelli, assinada pelo jornalista Sandro Gianelli, trouxe uma nota da ex-deputada Eliana Pedrosa, do Pros, em que ela fala de sua intenção de se candidatar a deputada federal. Eliana participou de um encontro recentemente para dar início a construção de uma candidatura ao GDF que se autointitulou “nova via”.
Quanto a tal 3ª via
Pelo visto, a tal “nova via”, que Eliana já pulou fora, ainda não tem um nome viável para encabeçar a chapa e já pode estar à deriva a procura de um comandante (ou seria um coronel?) para segurar a roda do leme.
Disputa familiar
Resta agora saber como vai ficar a situação da família Pedrosa. Se Eliana confirmar a sua candidatura à Câmara dos Deputados, ela vai esbarrar no projeto de seu sobrinho, o distrital Eduardo Pedrosa, do PTC, que foi intimado pelo seu partido, conforme adiantou este colunista, a concorrer a uma das oito vagas de deputado federal do DF no próximo ano.
* José Fernando Vilela é editor-chefe e colunista deste portal. A coluna O Fino da Política é publicada todos os domingos.