• 3 de dezembro de 2024

O FINO DA POLÍTICA | Entidades habitacionais do DF organizam manifestação contra proposta de Hermeto para alterar a Lei 3.877/2006

Entidades habitacionais do DF organizam manifestação contra proposta de Hermeto para alterar a Lei 3.877/2006

Foto: Carlos Gandra/ Agência CLDF

A aprovação de uma emenda do distrital Hermeto, do MDB, ao projeto de lei (PL) 452/2023, de autoria do Poder Executivo, na comissão de assuntos fundiários (CAF) da Câmara Legislativa do DF (CLDF), na última quarta (20), desagradou as entidades habitacionais do DF. O PL encaminhado pelo governo propõe apenas ajustes na política habitacional que é regida pela Lei 3.877/2006 e não altera o percentual de atendimento das associações e cooperativas pelos programas habitacionais do DF, que atualmente é de 40%. A proposta do deputado Hermeto é diminuir esse critério para 20%. Assim que souberam da aprovação da emenda do distrital, os dirigentes começaram a se mobilizar e estão organizando uma manifestação para a próxima semana na CLDF para protestar contra a medida sugerida pelo deputado. 

“Este ajuste é justificado por várias razões. Primeiramente, a maioria da população que enfrenta desafios habitacionais críticos não faz parte de cooperativas ou associações. Esses grupos, embora importantes, tendem a ser mais institucionalmente organizados e, muitas vezes, já possuem mecanismos para articular suas demandas”, defendeu Hermeto na reunião da CAF.

Querem apoio do presidente da CLDF

Foto: Divulgação

Além de ir à CLDF protestar contra o deputado Hermeto, os dirigentes das associações e cooperativas habitacionais querem o apoio do presidente da Casa, deputado Wellington Luiz, que também é do MDB, e foi presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab/DF) durante o primeiro governo Ibaneis. Aliás, o retorno de Wellington à CLDF é atribuído ao trabalho que realizou na Codhab/DF que contou com o apoio do movimento habitacional. Entre os dirigentes há o sentimento de que chegou a hora de cobrar a fatura. 

Subsídio para famílias de baixa renda

Dirigentes vão aproveitar que a política habitacional está sendo discutida para reivindicar que as famílias atendidas pelas entidades recebam um subsídio para financiar suas moradias. Líderes do movimento apontam que muitas famílias estão deixando o DF por não ter condições de pagar uma entrada de R$ 30 mil para as construtoras ou instituições financeiras públicas que operam os programas habitacionais. “Em outros estados, as famílias recebem um subsídio para poder financiar a tão sonhada casa própria e aqui nós ainda não dispomos desse fomento”, alertou um interlocutor do movimento.

Desrespeito à história das entidades

Na visão dos líderes do movimento habitacional do DF, a proposta de alterar a Lei 3.877/2006 é um desrespeito à história do segmento. Cidades como Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Samambaia, Santa Maria e Itapoã foram erguidas com o trabalho dessas entidades. “A Lei 3.877/2006 foi uma conquista e também um reconhecimento ao nosso trabalho por parte do governador Roriz. Não vamos aceitar essa mudança de forma abrupta. O deputado não conhece a nossa realidade”, observou outro dirigente habitacional.

Oposição e ‘pseudoaliados’ atuam nos bastidores para conter adesões ao projeto Celina 2026

Foto: Reprodução/Google Imagens

O projeto Celina 2026 deixou a oposição e os ‘pseudoaliados’ preocupados já que terão pela frente uma adversária experiente no jogo político e que terá a máquina governamental sob a sua regência em plena campanha eleitoral. Para evitar que a leoa ocupe os espaços e vá ganhando adesões ao seu projeto, adversários estão se movimentando. Já se sabe que líderes de partidos e políticos de grupos que foram contemplados com cargos e outras ações no GDF estão agindo para frear o crescimento da onda Celina e estão se unindo para quando chegar a hora de sentar à mesa vender o passe mais caro.

Esquerda brasiliense mira direção de entidades classistas para se fortalecer no jogo político

Foto: Reprodução/Google Imagens

Como estratégia de recuperação de seu capital político, a esquerda brasiliense tem buscado reconquistar a direção de entidades classistas visando se fortalecer no jogo político. Ter o poder de influenciar categorias de profissionais sempre foi o forte de partidos de esquerda e nos últimos anos essa hegemonia foi quebrada. Com o retorno de Lula ao Planalto e com um governo que é simpático às lutas de classes e sindicais, retomar o controle de associações, sindicatos e entidades representativas ajuda a impulsionar qualquer projeto político. Aqui no DF, a esquerda comanda alguns sindicatos como o dos professores (Sinpro-DF) e dos Enfermeiros (SindEnfermeiros-DF). Recentemente, uma frente ampla venceu a disputa no CRM-DF, que era comandada por direitistas. O pessoal está acompanhando e monitorando de perto as previsões de eleições de algumas entidades. Um dos próximos alvos é o SindMédico-DF.

Contadores se preparam para as eleições do CRC-DF em novembro 

Foto: Reprodução/CFC

Agora em novembro, o Conselho Regional de Contabilidade do DF (CRC-DF) realiza a troca de um terço de seus conselheiros por meio de processo eleitoral. A disputa está marcada para o dia 13 novembro. A votação será das 8h às 12h, por meio de sistema eletrônico, que será disponibilizado no site www.eleicaocrc.org.br. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o pleito no DF conta com três chapas inscritas. Os novos conselheiros terão mandato de 2024 a 2027. Atualmente, a direção do CRC-DF é apontada como de centro-direita. 

Depois que Mauro Cid delatou Bolsonaro, Lula arruma um cargo para Paulão, seu carcereiro no Paraná 

Foto: Reprodução/Google Imagens

A nomeação do agente de polícia da Polícia Federal, Paulo Rocha Gonçalves Júnior, o Paulão, para exercer um cargo na Presidência da República, não passou despercebido no mundo político. Coincidentemente, Paulão, que foi carcereiro de Lula enquanto o agora presidente esteve preso no Paraná, irá atuar diretamente com o petista. Nos corredores do Congresso, parlamentares comentam que o carcereiro sabe de muita coisa e que por isso ele agora vai ficar por perto para não correr o risco de abrir a boca e falar o que não deve. Pelo visto, o exemplo da relação entre Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid serviu como referência. Não se pode deixar uma pessoa que teve acesso a informações restritas abandonada. É melhor um Paulão por perto do que deixar surgir um ‘Mauro Cid’ na versão petista. 

* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já  trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É apresentador do podcast Café Expressão. É presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021.

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