Cristovam Buarque sonha em voltar para o Senado nos braços da militância esquerdista
O ex-senador e ex-governador do DF, Cristovam Buarque, voltou a se mexer nos bastidores em busca de apoios para concorrer a um cargo eletivo em 2026. Com o apoio do PT-DF, o ex-reitor da UnB está no comando do Cidadania na capital federal desde o ano passado. A legenda atualmente compõe uma federação partidária juntamente com o PSDB. Na última disputa eleitoral que participou em 2018, Cristovam estava no Senado e concorreu à reeleição. Perdeu. Ficou de fora em 2022 e agora demonstra que quer voltar para a política. Fontes sustentam que o professor sonha em retornar para o Senado Federal nos braços da militância esquerdista. O ex-petista ainda é muito benquisto entre os ‘companheiros’. Muitos até gostariam que ele concorra ao GDF, mas Cristovam Buarque já deixou claro que não tem essa pretensão. Caso sua candidatura se confirme, o ex-ministro de Lula vai pegar uma pedreira. A direita deve vir forte nas próximas eleições e pode até surpreender ficando com as duas vagas ao Senado, já que o eleitorado brasiliense tem manifestado preferência por candidatos com discurso mais conservador e tradicional do que os que pregam e defendem posições mais socialistas e populistas. Resta saber se Cristovam Buarque vai conseguir. Ainda tem muito chão pela frente até 2026. O professor vai ter que tomar muito cafezinho por aí. Fontes da esquerda afirmam que tem gente que guarda mágoas dos tempos em que Cristovam Buarque foi governador. “Ele fechou muitas portas e quando esteve no Senado achava que iria morrer sentado na cadeira”, observou uma das fontes a este colunista.
PSDB e Cidadania devem encerrar federação partidária em 2026 e seguir caminhos diferentes no DF
Diante do fraco desempenho dos candidatos que disputaram as eleições gerais de 2022 e as municipais de 2024 pela Federação PSDB-Cidadania, os dirigentes de ambas as legendas já falam abertamente que a união será desfeita para as próximas eleições. Os partidos devem atuar em conjunto até abril de 2026 conforme estabelece as regras eleitorais e depois cada um seguir seu rumo. Aqui no DF, os dois partidos estão passando por reformulação. Ambos têm novos dirigentes. O PSDB está sob o comando do atual secretário de Segurança Pública do DF, o delegado federal Sandro Avelar, e o Cidadania, como já mencionado aqui, é liderado por Cristovam Buarque. A tendência é que os tucanos se mantenham numa posição de centro-direita e o Cidadania de centro-esquerda. Portanto, a expectativa é que o PSDB marche com o grupo Ibaneis-Celina e o Cidadania volte a compor com os partidos de esquerda. A federação partidária foi criada para evitar que partidos com estrutura perdessem espaço, mas as próximas eleições poderão ser decisivas para o futuro dessas legendas, que enfrentam o risco de se tornarem partidos nanicos. 2026 pode ser o ano do ressurgimento ou do sepultamento dessas duas agremiações partidárias.
Candidatura de Gusttavo Lima à presidência deve forçar Michelle Bolsonaro a definir futuro político
Anúncio feito pelo cantor Gusttavo Lima de que pretende concorrer à presidência em 2026 deixou os bolsonaristas apreensivos. O sertanejo é considerado uma excelente vitrine para Jair Bolsonaro e era um dos responsáveis por mobilizar os demais artistas do estilo musical a aderirem a campanha do ex-presidente. Apesar de muitos considerarem a pré-candidatura do cantor uma jogada de marketing entre ele e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, o artista mexeu com os bastidores da política. No grupo Bolsonaro, alguns apoiadores veem a necessidade do ex-presidente definir logo uma posição. A ideia é conter qualquer eventual onda de apoio ao sertanejo. Jair Bolsonaro tem mantido o discurso de que ele será o candidato, porém a questão da inelegibilidade ainda é uma incógnita, o que faz com que muitos pressionem para que ele tome uma posição e anuncie alguém que possa vir a substituí-lo no futuro. As apostas sinalizam que estão no páreo o senador Flávio Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle. Os dois não têm feito declarações nesse sentido. Michelle Bolsonaro inclusive vem sendo cotada para concorrer ao Senado pelo DF. Com a movimentação de Gusttavo Lima, o grupo Bolsonaro pode ter que antecipar sua definição, pois, se esperarem até 2026, pode ser tarde demais para reagir.
Bia Kicis e Izalci Lucas na espreita para concorrer ao Senado
A declaração da candidatura de Gusttavo Lima pode refletir também na política da capital federal. Caso Michelle Bolsonaro seja realmente a escolhida para concorrer à presidência da República no lugar do capitão, a vaga para concorrer ao Senado deve ficar entre a presidente do PL-DF, deputada Bia Kicis e o senador Izalci Lucas, que ingressou na legenda com a promessa de que teria condições de concorrer a um cargo majoritário em 2026. Izalci sonha com o GDF, mas se o PL fechar aliança com a vice Celina Leão, que concorrerá à reeleição, talvez ele seja agraciado com a vaga. Bia Kicis já manifestou que deseja pleitear uma cadeira no Senado, no entanto, nos bastidores, muito se fala que Valdemar Costa Neto não quer perder as duas cadeiras de deputado federal que o PL tem pelo DF. Sem Bia na disputa, dificilmente o partido consiga eleger ao menos um deputado. Fontes liberais sustentam que Valdemar ainda vai conversar com a deputada Bia Kicis sobre quais serão os melhores caminhos para o PL na capital federal. Ou seja, tudo vai depender de uma definição do Clã Bolsonaro.
Mistérios da semana
– Quem é o ex-distrital ligado à área da segurança privada e prestação de serviços gerais que começou a investir pesado na tentativa de voltar à CLDF? Dizem as más línguas que o dito cujo continua com o mesmo modus operandi. O ex-parlamentar propõe acordos como se estivesse contratando o serviço da liderança e quando assume o cargo diz que pagou pelo apoio e não tem nenhum compromisso durante o mandato. Nos bastidores há relatos de que a maioria das lideranças sondadas têm rejeito o convite para entrar no grupo político do prepotente e arrogante empresário. Mistério….
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do Expressão Brasiliense, e é presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021. Apresenta o programa Viva a sua Cidade, de segunda a sexta, das 11h às 13h, na rádio Viva FM 101.3.
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