Confirmação de candidatura de Michelle ao Senado pelo DF define posições na aliança de Celina para 2026
A revelação feita pela vice-governadora do DF, Celina Leão, do PP, em suas redes sociais no domingo passado, divulgada aqui no Expressão Brasiliense, de que a ex-primeira-dama e presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, concorrerá ao Senado pelo DF em 2026 foi confirmada por meio de uma declaração dada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante entrevista para a revista Oeste, na última quinta-feira (16). A aliança partidária de Celina, sucessora natural de Ibaneis Rocha ao cargo, começa a se definir no tabuleiro. A ‘Leoa’ será cabeça de chapa na disputa pelo GDF e Ibaneis e Michelle concorrerão às duas vagas para o Senado nas próximas eleições. Nesse espectro, o PP, o MDB e o PL, já estão contemplados na aliança majoritária. A questão agora é acomodar as outras legendas para chegar em 2026 com um grupo forte e unido, a fim de enfrentar a esquerda, que desta vez contará com o apoio do Planalto na disputa pelo GDF e trabalhará para tentar eleger o máximo de parlamentares possíveis para reforçar a base do governo Lula no Congresso Nacional. O grupo Ibaneis-Celina se fortalece com a entrada de Michelle no pleito eleitoral. Em 2022, a ex-primeira-dama mostrou o tamanho da força política que detém na capital federal ao ingressar na campanha da ex-ministra Damares Alves, que se elegeu ao Senado desbancando a também ex-ministra Flávia Peres (ex-Arruda), a candidata oficial da base governista.
Republicanos deve ficar com a vice
Com a definição das candidaturas à governadoria e ao Senado, a vaga de vice da ‘Leoa’ deve ficar com o Republicanos. Já se sabe que a legenda tem três pretendentes ao cargo: os deputados Júlio Cesar Ribeiro e Gilvan Máximo, e o presidente do diretório local, Wanderley Tavares. Dos três, o mais próximo do grupo Ibaneis-Celina é o deputado Gilvan. Ele, inclusive, tem ocupado posição de destaque em eventos do GDF ao lado de Celina. Dificilmente, a vaga de vice na aliança da ‘Leoa’ será dada a outro partido que não seja o Republicanos.
Direita pode ficar com as duas vagas do Senado
O anúncio feito por Bolsonaro sobre a candidatura de Michelle ao Senado pelo DF incendiou a rede de apoiadores da capital federal. A turma ficou alvoroçada. Os resultados das duas últimas eleições têm sinalizado que o eleitorado conservador teve um crescimento exponencial por aqui. Diante desse contexto, nos bastidores há uma grande expectativa de que a direita consiga eleger Ibaneis e Michelle para o Senado, deixando a esquerda de fora. Até porque os nomes que estão se cogitando pelo lado dos esquerdistas são considerados fracos politicamente diante da dobradinha que será formada entre Ibaneis e Michelle. É possível que entre os pretendentes da esquerda surjam mudanças de última hora e os dirigentes partidários optem por querer que lideranças menos expressivas concorram, como foi em 2022 quando a ‘companheirada’ teve que pedir voto para a ‘professorinha’ só para cumprir tabela.
Alvo de fake news durante a semana, Wellington Luiz vai governar o DF por alguns dias em 2025
Em meio ao ti-ti-ti de bastidores, quem acabou se tornando alvo de fake news foi o presidente da Câmara Legislativa do DF, Wellington Luiz, do MDB. Durante a semana, foi divulgado que ele seria candidato ao GDF em 2026. Em conversa com este colunista, o presidente da CLDF, que também preside o MDB, negou qualquer possibilidade de trair o governador Ibaneis Rocha e a vice Celina. “Jamais faria uma coisa dessa. Essa notícia foi plantada com o objetivo de provocar a desunião do nosso grupo. Nós já sabemos de onde partiu. Eu estou fechado com Ibaneis e Celina”, garantiu Wellington Luiz. Paralelamente às fake news envolvendo o nome do chefe do legislativo distrital, o que se sabe de concreto é que, neste ano, ele assumirá o comando do GDF por alguns dias. O emedebista tem a total confiança de Ibaneis e Celina e não oferece nenhum risco aos dois enquanto estiverem ausentes. Agora, o Buriti está monitorando os passos dos ‘traíras de burca’ que ainda permanecem no governo, principalmente os plantadores de discórdia e fake news. Fontes palacianas disseram a este colunista que, na hora certa, a corda será puxada e a ‘caneta azul’ aparecerá no DODF.
Após vexame do Pix, PT convoca dirigentes e parlamentares para a ‘Escolinha do professor Sidônio’
O terceiro governo do presidente Lula está em crise no quesito comunicação com o povo. Os índices negativos das sondagens confirmam que o Planalto precisa correr contra o tempo para acertar a mão antes que seja tarde demais para 2026. Com a troca de comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o governo Lula espera melhorar sua imagem perante a população. Saiu o ‘Pimenta’ e entrou o ‘Palmeira’. Contudo, o novo ministro-chefe da Secom, Sidônio Palmeira, terá mais trabalho do que imagina. Na semana passada, o governo pagou o maior vexame com a proposta de fiscalizar as transações financeiras via Pix e teve que revogá-la. Diante da repercussão negativa, o PT pediu ajuda ao novo integrante da cúpula do Planalto e convocou dirigentes estaduais e parlamentares do Congresso Nacional para assistirem às aulas da ‘Escolinha do professor Sidônio’. Ainda não se sabe se o ‘professor Sidônio’ vai ensinar a ‘companheirada’ a enfrentar a oposição nas redes sociais ou conquistar engajamento político digital – ações que a direita tem dado aulas para os esquerdistas nesses últimos tempos.
Leandro Grass e Ricardo Cappelli apelam para o oportunismo em busca de holofotes
Os dois pré-candidatos ao GDF da esquerda que se apresentaram até o momento para o eleitor brasiliense têm algo em comum: o oportunismo em busca de holofotes. O candidato derrotado Leandro Grass, do PV, quis usar a expansão do metrô do DF para dizer que era um projeto do governo Lula. Ele foi desmentido pelo secretário de Comunicação do DF, Wellington Moraes, e pelo ex-secretário de projetos especiais do GDF, Everardo Gueiros, que reiteraram que, independente de quem estivesse na Presidência da República após 2022, tudo já estava acertado para o BNDES financiar a obra. Ou seja, Grass tentou enganar a população. Já o ex-interventor e atual presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, anunciou que iria se mudar para o Sol Nascente/Pôr do Sol, passando o ‘migué’ de que iria se locomover de ônibus, metrô e ‘Uber’ para chegar ao seu escritório climatizado, após dormir na casa de alguém na região. Pegou mal para o ‘doutor Cappelli’ querer bancar o coitadinho. Até o momento, não se tem notícia dele na região do Sol Nascente/Pôr do Sol. O oportunismo barato de Grass e Cappelli sinaliza que a esquerda chegará sem força em 2026 na disputa pelo Buriti.
Mistérios da semana
- Quem é o renomado advogado que está tentando retornar às rodas de conversa da advocacia, após servir a dois deuses durante as eleições da OAB/DF? Mistério…
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do Expressão Brasiliense, e é presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021. Apresenta o programa Viva a sua Cidade, de segunda a sexta, das 11h às 13h, na rádio Viva FM 101.3.
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