José Fernando Vilela 
Candidatura de Roosevelt Vilela à 1ª vice-presidência da CLDF agrada distritais governistas
O interesse do distrital Roosevelt Vilela em ocupar a 1ª Vice-presidência da Câmara Legislativa do DF a partir de janeiro de 2025 agradou a maioria dos deputados da base governista. A candidatura de Roosevelt deverá contar com o apoio maciço dos distritais mais próximos ao Buriti. Na atual composição da mesa diretora da CLDF, o distrital Ricardo Vale, do PT, é quem está à frente da vice-presidência. A partir do próximo ano, conforme mudança aprovada pelos deputados, a Casa de Leis do DF passará a ter duas vice-presidências e mais uma secretaria. No caso, quem for eleito para a 1ª vice-presidência herdará as competências da atual vice que é a unidade da mesa diretora responsável pela comunicação da CLDF. O Fino da Política conversou com alguns distritais sob sigilo de fonte e constatou que Roosevelt Vilela já tem uma quantia significativa de apoios conquistados. O parlamentar é muito benquisto pelos seus pares e segundo relatos, Roosevelt assumiu o compromisso de contemplar os colegas com ações na comunicação da CLDF que dê mais visibilidade ao trabalho que eles realizam como deputado e não apenas institucional. Nos bastidores, deputados governistas estão insatisfeitos com o uso político da comunicação da CLDF, que está dividida entre dois grupos. A parte da publicidade é gerida por Ricardo Vale e a da comunicação é comandada por gente ligada à cúpula do PT-DF, o que do ponto de vista político desagradou a maioria dos distritais. Há suspeitas de que os ataques realizados por parlamentares da oposição na grande mídia e o direcionamento de matérias negativas contra o GDF estão sendo influenciados por esse pessoal.
Confronto entre direita e esquerda
A provável disputa pela 1ª Vice-presidência da CLDF vai esquentar o clima de embate entre os distritais da esquerda e da direita. A futura mesa diretora estará no comando da CLDF em plena campanha eleitoral em 2026. O último biênio de toda legislatura no parlamento distrital costuma ser mais acalorado devido a construção de alianças que deverão ser celebradas para as próximas eleições. Além disso, se a comunicação da CLDF ficar com a oposição, os distritais da base governista poderão sofrer as consequências de deixar a raposa tomar conta do galinheiro. Numa avaliação sem paixões vai ser difícil ver distritais da direita apoiando o candidato da esquerda ou vice-versa. Imagina numa eventual disputa entre Ricardo e Roosevelt, os distritais Max Maciel e Fábio Félix, ambos do PSol, votarem no liberal e o Pastor Daniel de Castro e o deputado Pepa, filiados ao PP de Celina, votarem no petista. Não tem como. Com certeza, Dayse Amarilio, do PSB, apoiará Ricardo Vale, e Martins Machado, do Republicanos, ficará com Roosevelt. Não tem jeito. Direita, vota com a direita e a esquerda sempre apoia seus ‘companheiros’. Ou teremos alguns vira-casacas?
Reunião deve definir se eleição da mesa será antecipada
No fim da sessão de abertura dos trabalhos na última quinta (1º), o presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz, do MDB, convidou os parlamentares para um almoço na próxima segunda (5) para debater e definir se eles vão antecipar as eleições da mesa diretora. De acordo com o regimento interno e com a Lei Orgânica do DF, a escolha da mesa diretora do segundo biênio da legislatura deverá ocorrer no final dos trabalhos em dezembro. Tradicionalmente, a eleição ocorre nas últimas sessões do ano. Se a maioria entender que as eleições devem ser antecipadas, os distritais terão que aprovar mudanças na legislação.
2ª Vice-presidência deverá ficar com uma deputada
Além desse possível confronto para definir quem vai ficar com a 1ª Vice-presidência, os parlamentares terão que escolher quem vai ocupar a 2ª Vice-presidência pela primeira vez, assim como a Quarta Secretaria. Já está acordado entre os distritais que a 2ª Vice-presidência será comandada por uma mulher. A atual legislatura tem quatro deputadas. Duas delas são da base governista, uma da oposição e uma que se apresenta como independente, tem hora que vota com o governo e em outra vota com a oposição. Como a presidência deve permanecer com o governista Wellington Luiz e a 1ª vice caminha para ficar com o liberal Roosevelt, é possível que o posto de 2ª vice-presidente fique com a deputada da oposição ou com a independente, no caso, ou Dayse Amarilio ou Paula Belmonte, que está prestes a mudar de partido.
Nova configuração nas comissões
Juntamente com as eleições da mesa diretora, os deputados distritais terão que escolher os presidentes e vice-presidentes das comissões permanentes da CLDF. Com a ampliação dos cargos da mesa diretora, a composição dos titulares e suplentes desses colegiados deve passar por algumas mudanças. O que já apuramos é que a CCJ deve continuar com Thiago Manzoni, do PL, e a CEOF com Eduardo Pedrosa, do União. O comando das demais comissões está em negociação. A reunião de segunda será crucial para definir quem vai ser o que a partir de janeiro de 2025.
Hermeto deve voltar a ser líder de governo
Em meio a todo esse zum-zum-zum e movimentações de bastidores, muitos distritais já sabem que haverá mudança na liderança do governo. O emedebista Hermeto, um dos deputados mais próximos do governador Ibaneis Rocha, voltará a exercer a função na Casa. Atualmente, a liderança está sendo comandada pelo distrital Robério Negreiros, do PSD. Há rumores de que Robério vá ocupar um dos cargos da mesa e com isso, Hermeto entra em cena para ficar à frente da defesa do governo no plenário da CLDF. Fontes palacianas disseram a este colunista que o parlamentar deixou saudades de sua passagem pelo cargo e agora o Buriti almeja tê-lo novamente no posto. O problema está em quem vai ficar com a CAF (comissão de assuntos fundiários) que vai analisar a revisão do PDOT, que deverá ser encaminhado ainda neste semestre para a Casa. Mas isso são outros quinhentos.
Senadores da oposição querem investigar Izalci por pagamentos realizados a assessor com dinheiro de verba de gabinete
A notícia divulgada em sites de notícias durante a semana que passou de que o senador Izalci Lucas, do PL, supostamente usou recursos de sua cota parlamentar de gabinete para pagar a empresa de um de seus assessores e de um irmão do colaborador antes, durante e após a campanha eleitoral deixou seus colegas da oposição revoltados. Senadores de partidos da esquerda estão se movimentando para colher assinaturas de outros colegas para solicitar a abertura de investigação contra Izalci e uma possível cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar. De acordo com as notícias veiculadas na grande mídia, Izalci Lucas pagou mais de R$ 1 milhão para a empresa do assessor com dinheiro do fundo eleitoral. Além disso, o prestigiado assessor teria recebido por meio de sua empresa pela prestação de serviço ao senador mesmo ele estando lotado em seu gabinete, o que é ilegal. Com base nas denúncias apresentadas, os senadores da oposição prometem infernizar a vida de Izalci a partir desta semana.
Renata Amaral vai concorrer ao Conselho Federal da OAB e anuncia apoio a Paulo Maurício
Candidata a presidente na última eleição da OAB-DF, a advogada Renata Amaral decidiu que não entrará na disputa deste ano e anunciou que vai apoiar o atual secretário-geral da ordem, Paulo Maurício, candidato do atual presidente, Délio Lins Jr. Renata vai concorrer ao Conselho Federal da OAB. Com o apoio de Renata, Paulo Maurício, também conhecido como Poli, deve ampliar vantagem sobre o seu principal adversário, Cléber Lopes. As sondagens internas realizadas junto a categoria mostravam que Poli estava na frente e Renata Amaral pontuava entre os candidatos do segundo pelotão. Com a saída da advogada da disputa, seus apoiadores devem migrar para Paulo Maurício. As eleições na OAB-DF ocorrem em novembro e aparentemente a disputa deverá ser polarizada entre Poli e Cléber. Vamos acompanhar.
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do Expressão Brasiliense, e é presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021. Apresenta o programa Viva a sua Cidade, de segunda a sexta, das 11h às 13h, na rádio Viva FM 101.3.
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