Arruda e advogado podem responder por crime eleitoral por zombarem da aparência de Ibaneis Rocha

Um vídeo que circula nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, onde o ex-governador José Roberto Arruda e o advogado Vicenzo aparecem zombando da aparência física do atual governador do DF, Ibaneis Rocha, pode complicar ainda mais a já extensa ficha jurídica do ex-chefe do Buriti. No registro, Arruda afirma de forma preconceituosa que achava “Ibaneis mais feio por dentro do que por fora”.
De acordo com a legislação eleitoral vigente no Brasil, esse tipo de conduta pode ser considerado crime eleitoral. O Código Eleitoral, no artigo 326, tipifica o crime de injúria eleitoral: “ofender a dignidade ou o decoro de alguém” para fins de propaganda ou durante campanha. Já a Lei 9.504/97 (Lei das Eleições), no artigo 57-D, prevê que constitui propaganda eleitoral irregular “o conteúdo ofensivo à honra ou à imagem de candidato adversário”.
Nos bastidores, a informação é de que Arruda e Vicenzo poderão ser interpelados judicialmente por preconceito e ofensa à imagem de Ibaneis Rocha. A pena para esse tipo de crime pode chegar a detenção de 3 meses a 1 ano, além de multa. Uma retratação pública é uma das formas previstas na legislação para evitar responsabilização — resta saber se a dupla vai engolir o orgulho ou manter o tom debochado contra o governador do Distrito Federal.
Assista abaixo, o vídeo em questão:
Comerciantes reclamam que clientes foram embora com a presença de Arruda na feira do Núcleo Bandeirante

As movimentações de José Roberto Arruda em busca de apoio para 2026 já começam a render constrangimentos. Após ser barrado na porta de uma igreja, o pré-candidato inelegível e sem partido foi à Feira Permanente do Núcleo Bandeirante na última sexta (31). O resultado? Clima azedo e prejuízo para comerciantes locais.
Conforme relatos de feirantes, quando os frequentadores perceberam a presença de Arruda, muitos fecharam a conta e foram embora. Um comerciante relatou a este colunista que “tomamos prejuízo em plena sexta-feira por causa do Arruda. Aqui são poucos os feirantes que o apoiam”.
Outro foi ainda mais direto. “Não vamos virar as costas para o Ibaneis, que foi o único que nos deu atenção. Arruda só aparece em época de eleição. Depois, some. O povo já conhece”, afirmou.
Nas redes sociais, Arruda postou imagens posando com meia dúzia de gatos pingados — o famoso “close certo” para tentar disfarçar o cenário real. Quem acompanha suas entradas em locais públicos garante: hostilidade e vaias são cada vez mais comuns. Talvez por isso Arruda evite lives e transmissões ao vivo: câmera às cegas entrega a verdade.
Difícil esquecer que foi ele quem deixou o DF virado de cabeça para baixo após a Operação Caixa de Pandora, acusado de comandar esquema de propina e desvios, caso Linknet, no qual foi condenado em segunda instância. Quem embarcar nessa canoa furada, afunda junto e já vimos esse filme nas eleições de 2014, 2018 e 2022.
E os feirantes do Núcleo Bandeirante? Ficaram com o prejuízo.
Kiko Caputo sem força no próprio grupo para disputar o Buriti em 2026

O ex-presidente da OAB-DF, Kiko Caputo, insiste em manifestar desejo de disputar o governo do Distrito Federal em 2026. Mas como diz o ditado: querer não é poder. Nem mesmo entre os advogados que o cercam há consenso sobre sua viabilidade eleitoral.
Informações obtidas pela coluna indicam que nomes fortes da advocacia, como o ex-presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr. e o renomado advogado Rodrigo Badaró, já disseram “não” ao projeto. E o universo dos advogados — algo entre 50 e 70 mil profissionais — está longe de sustentar uma candidatura majoritária.
Muitos tentam fazer paralelos com a ascensão de Ibaneis Rocha em 2018, mas o contexto mudou. O DF não vive mais o colapso administrativo deixado por Agnelo e Rollemberg. As pesquisas indicam avaliação positiva do atual governo e tendência de continuidade do grupo político que comanda o Buriti.
E essa história de Caputo virar vice de Arruda para assumir depois? Só acredita quem não conhece política. Ou seja, tudo pode dar errado no caminho do Kiko.
Modelo de escolas cívico-militares do governo Ibaneis é copiado por Bahia e Maranhão

Surpresa no mundo político: os governos da Bahia e Maranhão, ambos administrados por partidos de esquerda, estão replicando o modelo de escolas cívico-militares do Distrito Federal implantado por Ibaneis Rocha.
Na Bahia, governada por Jerônimo Rodrigues (PT), já são 76 unidades. No Maranhão, comandado por Carlos Brandão (PSB), são 40 e mais 70 estão no radar. O formato segue de perto o modelo brasiliense. A ironia? A militância progressista vai surtar. E, dizem, Lula não gostou nada.
Mistério da Semana
Qual parlamentar do DF não quer exonerar uma assessora que tretou com o padrinho político e agora está lhe causando problemas por se achar acima de tudo e de todos e ainda está ajudando adversários? Qual é? Qual é? Qual é? Mistéééério…
*José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Tem ampla experiência em órgãos públicos, na iniciativa privada e em entidades representativas. É editor-chefe e colunista do Expressão Brasiliense e apresenta o podcast Café Expressão, com entrevistas e análises sobre política e sociedade. Apresenta o programa Fala Aí, na JK FM 102,7, aos sábados a partir das 6h da manhã.
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