A difícil tarefa de ter uma boa relação junto ao Congresso Nacional é desgastante e é preciso ter muito traquejo político para convencer a maioria a apoiar as mudanças que o governo pretende fazer. Os seis primeiros meses do governo Bolsonaro reforça a tese de que não se pode errar e nem querer medir forças com os parlamentares enquanto a base de apoio não estiver completamente convencida a votar a favor do governo, principalmente quando os congressistas são forcados a escolher entre apoiar a maioria da opinião pública ou atender a vontade do governo.
Nessa queda de braço, os deputados e senadores estão optando em ficar com a opinião pública. Porém, essa opção é mais por conveniência do que por preceitos ideológicos ou partidários. Nos bastidores, considera-se que a falta de distribuição de cargos aos aliados ainda é posto na balança. Ou seja, enquanto o governo força daqui, os parlamentares forçam de lá. Enquanto isso, somos forçados a assistir o espetáculo e o Brasil continua patinando em sua economia.
Mas, nem tudo dura para sempre. Devido às sucessivas derrotas no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro tirou a articulação política do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e passou para um militar, o general Luiz Eduardo Ramos da Secretaria de Governo. A mudança pode ter ocorrido também pelo fato do ministro Onyx ainda carregar certos vícios difíceis de serem desprendidos. Vamos ver como se sairá o general, pois está na hora de acertar a mão se o governo quiser avançar com as reformas. Os parlamentares já demonstraram que não é fácil convencê-los a votar com o governo e ir contra a população.
É preciso correr contra o tempo já que o recesso parlamentar está se aproximando e se deixar a reforma da previdência não sai da Câmara e entra de férias junto com os deputados. Boa sorte ao general Luiz Eduardo.