A cidade de Serrana, no estado de São Paulo, anunciou pelas redes sociais que vacinará toda a população, maior de 18 anos, como parte de um projeto de estudo do Instituto Butantan com a CoronaVac. A vacinação em massa começa dia 17 de fevereiro. O projeto, denominado de S, ainda será lançado pelo governo de São Paulo nos próximos dias.
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Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, o objetivo é comprovar o efeito da vacina em uma grande população e analisar o impacto da vacinação em massa.
“Isso não é habitual. O projeto S é muito ambicioso. É comum fazer estudos clínicos, como os que já foram feitos, para analisar a eficácia da vacina, mas nenhum destes estudos foram feitos para desenhar o efeito da vacina sobre a epidemia e sobre as graves condições que a epidemia determina, tragédia econômica, social, entre outros.”
O objetivo é vacinar o maior número de pessoas na população adulta e a expectativa é de até 30 mil pessoas. Os moradores não são obrigados a se vacinar.
Somente moradores da cidade podem participar do projeto. Mulheres grávidas ou em amamentação, quem teve febre nas últimas 72 horas antes da vacinação e portadores de doenças graves não podem. Segundo informações divulgados, um médico irá orientar a população no local das aplicações.
“O estudo tem aspectos técnicos que vão permitir fazer cálculos, fazer projeções, que vão calcular se a vacina é eficaz em diminuir a transmissão ou não, qual a porcentagem. Tem toda uma metodologia que vai permitir que isso seja feito”, explicou Covas. Os lotes da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, são específicos para o estudo.
Um estudo anterior feito na cidade apontou que os casos de coronavírus eram muito altos no ano passado, apesar da pequena população (45.844 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Somado a isso, a cidade fica próxima Ribeirão Preto (SP), que é um polo de saúde importante e que ajudará na estrutura de apoio para a pesquisa.
(Exame)
Foto: Amanda Perobelli/Reuters