A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta segunda-feira (8), por 42 votos a 21, a revogação da prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil).
O parlamentar havia sido afastado do cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de um inquérito que apura suposto envolvimento com o Comando Vermelho (CV).
Votação na Alerj
Para permitir que Bacellar respondesse às investigações em liberdade, eram necessários 36 votos favoráveis, entre os 70 deputados estaduais. As maiores bancadas, PL e União Brasil, foram decisivas para aprovar a revogação da prisão.
Apesar da manifestação da Alerj, apenas o STF poderá determinar de forma definitiva a soltura do presidente da Assembleia.
Operação Unha e Carne
Rodrigo Bacellar foi preso na manhã de quarta-feira (3) pela Polícia Federal, durante a Operação Unha e Carne. Ele é investigado por supostamente vazar informações da Operação Zargun, que levou à prisão do ex-deputado estadual TH Joias por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. Joias também é suspeito de negociar armas com integrantes do Comando Vermelho.
O presidente da Alerj foi conduzido à Superintendência da PF, no Rio, para uma reunião, quando teve o celular apreendido. Durante a ação, agentes encontraram R$ 90 mil no veículo utilizado pelo parlamentar para chegar ao local.
Decisão de Moraes
A ordem de prisão foi expedida por Alexandre de Moraes, relator da ADPF das Favelas no STF. Segundo o ministro, informações da PF apontam que Bacellar teria orientado TH Joias sobre a remoção de objetos de sua residência, indicando um possível envolvimento no encobrimento do então deputado.
Depoimento à PF
Em depoimento, Bacellar negou ser amigo de TH Joias, embora tenha confirmado uma conversa com ele na véspera da operação:
“Ele pede para falar comigo sozinho, no canto: ‘Tá sabendo de alguma operação amanhã para mim?’. Eu disse: ‘Não estou sabendo nada. Está uma fofocaiada na Casa já faz três dias de que vai ter algum problema nessa semana para deputado, onde a fumaça for’. Aí ele fala: ‘Não sei o que eu faço, se vou embora’. Eu disse: ‘Aí é com você. Eu, se estivesse no seu lugar, só me preocuparia com a tua filha pequena. Agora você tem que saber o que você faz ou deixa de fazer’”.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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