A Petrobras anunciou, na terça-feira (19), que vai reduzir em 4,9% o preço médio da gasolina vendida para as distribuidoras, de 4,06 reais o litro para 3,86 reais, que passa a valer a partir desta quarta-feira (20).
É a primeira redução feita pela petroleira desde dezembro do ano passado e retoma o patamar médio de preços das refinarias que era praticado entre maio e junho.
O movimento ocorre enquanto o presidente Jair Bolsonaro continua a pressionar intensamente a liderança da empresa para reduzir os preços na bomba antes das eleições de outubro.
Mais cedo, Bolsonaro afirmou a um grupo de apoiadores que a companhia passaria a dar “boa notícia”.
“Acho que a Petrobras vai achar seu rumo agora, com o novo presidente. Vai começar a dar boa notícia para a gente”, disse ele referência à chegada de Caio Paes de Andrade, que tomou posse na presidência executiva da estatal no final do mês passado.
O último reajuste sobre os preços da gasolina foi realizado em 18 de junho, com aumento de 5,18%, ainda sob a gestão de José Mauro Coelho.
Em comunicado nesta terça-feira, a Petrobras informou que a redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, “que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”.
Segundo a companhia, a medida é coerente com sua prática de preços, que busca o equilíbrio junto ao mercado global, mas também repassa aos valores internos a volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.
Com diversos acontecimentos em todo o mundo que têm impacto direto na oferta e demanda do produto –como a guerra na Ucrânia, expectativa de recessão da economia global e lockdowns na China causados pela Covid–, as cotações do petróleo têm apresentado forte volatilidade.
Na segunda-feira, o petróleo Brent, usado como referência pela Petrobras, fechou com alta 5%. No dia 12, havia recuado 7,11%, ficando abaixo de 100 dólares pela primeira vez em três meses.
Na B3, as ações preferenciais da empresa subiam cerca de 1,7% durante a tarde, contra alta de 1% do Ibovespa.
(Ag. Reuters)
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