Moradores do Rio de Janeiro se mobilizaram nesta quarta-feira (29) para levar os corpos de mortos durante a megaoperação policial realizada na terça-feira (28) para a Praça São Lucas, no Complexo da Penha.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram cadáveres enfileirados nas ruas da comunidade, em um cenário que chocou o país. Segundo o líder comunitário Raull Santiago, mais de 50 corpos foram levados para o local.
De acordo com o último balanço oficial do governo do Estado do Rio de Janeiro, 64 pessoas foram mortas durante a operação, considerada a mais letal da história do estado. Ainda não se sabe se os corpos levados à praça nesta quarta estão incluídos na contagem oficial.
A megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar, com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), tinha como objetivo prender lideranças do Comando Vermelho (CV) e combater o tráfico de drogas nos complexos da Penha e do Alemão. A ação, batizada de Operação Contenção, resultou em intensos confrontos.
Criminosos reagiram e chegaram a lançar bombas por meio de drones, transformando a região em um verdadeiro cenário de guerra, com reflexos no trânsito da Avenida Brasil e da Linha Amarela.
Um levantamento do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF) aponta que a Operação Contenção superou a chacina do Jacarezinho, ocorrida em maio de 2021, quando 28 pessoas morreram em confronto com as forças de segurança.
Segundo o estudo, “entre janeiro de 2007 e outubro de 2025, ocorreram 707 chacinas policiais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com 2.905 civis e 31 policiais mortos. Esses dados mostram que as chacinas policiais são regra, e não exceção, no estado”.
Os pesquisadores destacam ainda que as três operações policiais mais letais do Rio desde 1990 ocorreram durante o governo de Cláudio Castro (PL), reeleito em 2022.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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