Uma semana atrás, a ala de Covid-19 de um hospital de Barcelona onde a doutora Inmaculada Lopez Montesinos trabalha só tinha alguns pacientes.
Agora ela está cheia, e o Hospital del Mar liberou dois andares adicionais para tais pacientes, já que as infecções impulsionadas pela variante mais contagiosa Delta assolam a população majoritariamente mais jovem e não-vacinada da Espanha.
Embora a mortalidade esteja muito menor do que nas primeiras ondas da pandemia, Lopez Montesinos disse que hospitais como o seu estão sob pressão crescente.
Ela atribui o salto repentino de casos à suspensão das restrições em todo o país ao longo dos últimos dois meses, um aumento do turismo e as férias escolares de verão.
“Tudo isto é um coquetel explosivo que nos leva a esta quinta onda que nos surpreende no meio de julho”, disse a médica de 34 anos, apelando para que as pessoas evitem multidões, mantenham as interações sociais no mínimo e usem máscaras.
Enfrentando o maior índice de infecções de 14 dias da Espanha, 1.068 casos para cada 100 mil pessoas – mais que o dobro da média nacional –, autoridades da Catalunha, onde Barcelona se localiza, disseram na quarta-feira que reimpuseram um toque de recolher em 158 municípios.
Lopez Montesinos disse que o paciente típico que está vendo tem 40 anos ou menos, não tem problemas de saúde preexistentes e ou não está vacinado, ou só parcialmente vacinado.
(Agência Reuters)
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