A transferência do líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola, e de outras facções criminosas para a Penitenciária Federal de Brasília, localizada no Complexo Penitenciário da Papuda, sempre foi motivo de preocupação para as autoridades da segurança pública do Distrito Federal.
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Com a ascensão do delegado Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do DF, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o medo e a sensação de insegurança com a presença dos familiares e integrantes dessas quadrilhas na capital do País estão perto do fim, pois o ministro quer transferir “os chefes” do PCC para outros presídios.
Em entrevista à Veja, divulgada neste fim de semana, o ministro disse que não só Marcola, mas todos os líderes da facção criminosa serão retirados de Brasília.
Anderson Torres aponta que a ideia é manter o grupo longe de autoridades dos Três Poderes e das representações diplomáticas por considerar que a simples presença do traficante na cidade pode estimular organizações criminosas a promoverem atentados contra parlamentares, embaixadores e ministros de tribunais superiores, por exemplo.
“Brasília não é lugar para esse tipo de líder de organização criminosa. Tudo que eles possam vir a montar em Brasília representa um risco. Imagine a Esplanada dos Ministérios inteira pegando fogo num atentado, o sequestro de uma pessoa cuja segurança outro país acreditou ao Brasil”, disse Torres na entrevista.
O ministro se reuniu recentemente com a diretora do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Tânia Fogaça para tratar do assunto.
Com a transferência de Marcola e seu bando, Anderson Torres vai atender uma solicitação feita pelo seu ex-chefe, o governador Ibaneis Rocha (MDB), ao governo federal.
Na época da vinda do chefão do PCC para Brasília, a operação foi motivo de desentendimento entre Ibaneis e o governo Bolsonaro.
Da Redação com informações do portal da revista Veja
Foto: Reprodução Google Imagens