Expressão Brasiliense O PSDB está cada vez mais próximo do fim. O partido agendou para março a decisão sobre sua fusão ou incorporação a outro partido, o que pode selar seu desaparecimento do cenário político. A definição acontece no contexto de uma disputa acirrada entre MDB e PSD, que buscam atrair os tucanos para fortalecer suas bancadas e ampliar seus recursos partidários.
O atual presidente do PSDB e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, tem conduzido reuniões com lideranças de ambas as siglas. Na última semana, ele se encontrou com Michel Temer e Baleia Rossi, do MDB, e já havia conversado com Gilberto Kassab, do PSD. O partido que vencer a disputa se tornará a terceira maior bancada da Câmara, somando os 13 deputados tucanos eleitos em 2022 e ampliando seu fundo partidário.
O PSDB, que já enfrentava uma crise interna em decorrência do desempenho de seus filiados nas últimas eleições, perdeu seus vereadores na capital paulista, um de seus principais redutos eleitorais, e viu sua candidatura à Prefeitura, com o apresentador José Luiz Datena, fracassar nas urnas no ano passado, com apenas 1,84% dos votos.
Sem força política, a legenda considera inevitável sua fusão com outra sigla para garantir a sobrevivência de seus membros.
Perillo reconhece a divisão interna sobre o futuro do partido. “Há uma corrente que quer que o PSDB continue, enquanto outra defende a incorporação ou fusão com um partido maior”, afirmou. A decisão será tomada antes da reabertura dos trabalhos no Congresso, para evitar uma debandada de parlamentares.
O desfecho de março deve marcar o fim de uma trajetória de destaque do PSDB, um partido que já foi protagonista na política nacional.
O PSDB ocupou a Presidência da República por oito anos e é considerado um dos responsáveis pelo lançamento do Plano Real. Além disso, os tucanos governaram estados estratégicos, como São Paulo, por várias décadas.
Com informações do Terra
Foto: Divulgação/PSDB
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