A aprovação do presidente Jair Bolsonaro caiu para 27%, de acordo com uma pesquisa realizada pela revista Exame e divulgada nesta sexta-feira (22). A pesquisa também aponta que 45% dos entrevistados condenam a maneira com que Bolsonaro está lidando com a presidência.
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O relatório traz informações sobre a opinião dos entrevistados tanto sobre o governo de Jair Bolsonaro, quanto a situação do Estado do Amazonas em relação a pandemia e também sobre as vacinas aprovadas pela Anvisa.
A queda
De acordo com o gráfico mostrado no relatório, em janeiro de 2019, 50% dos entrevistados haviam avaliado o governo Bolsonaro como ótimo, enquanto 22% o consideravam ruim/péssimo. Após um ano, esses números se inverteram.
Atualmente, 45% dos entrevistados consideram o governo como ruim/péssimo e 27%, como ótimo/bom. Segundo o relatório, o período que maior rejeição ao governo foi em junho de 2020, com 50% de rejeição, quando o país enfrentava o pico da pandemia do coronavírus.
A pesquisa também trouxe dados sobre a atuação do ministro da Saúde, o general Pazuello. De acordo com o relatório, 31% dos entrevistados avaliaram o trabalho de Pazuello como regular.
Segundo o fundador do IDEIA (instituto especializado em opinião pública), Maurício Moura, a queda da popularidade do governo Bolsonaro ocorreu essencialmente entre jovens, de 18 a 24 anos, no Norte, Nordeste e em todas as faixas de renda. “A dinâmica do vírus, a incerteza sobre a vacinação, os desencontros de comunicação do Ministério da Saúde e a percepção real do fim do auxílio emergencial de renda foram uma combinação amplamente negativa”, afirmou Moura.
Pandemia em Manaus
Dos entrevistados pela Exame, 33% acreditam que o principal responsável pelo agravamento da pandemia no município de Manaus, no Amazonas, é a própria população e 49% acreditam que a situação no município tende a melhorar nas próximas semanas.
O relatório também apontou que 60% acreditam que a situação de Manaus pode afetar negativamente a popularidade de Jair Bolsonaro.
Vacina
Segundo Maurício Moura, os dados sobre as vacinas mostram a visão mais pragmática e menos política da população sobre o tema. Também aponta que o governo federal,
nas figuras no ministro da Saúde e do presidente, foi coadjuvante na aprovação de ambas as vacinas.
De acordo com a pesquisa, 32% dos entrevistados atribuem o mérito da aprovação das vacinas à comunidade científica, 8% ao governador do Estado de São Paulo, João Dória e 3% ao presidente Jair Bolsonaro.
Foto: Reprodução Google Imagens