• 18 de abril de 2025

PL VAI ENQUADRAR BIA KICIS | Executiva nacional não quer deputada concorrendo ao Senado; se quiser legenda, só vai ter para federal

A estratégia da deputada federal Bia Kicis, do PL-DF, de anunciar sua pré-candidatura ao Senado nas redes sociais gerou um desconforto na Executiva Nacional do partido. Atualmente, o PL ocupa duas cadeiras na Câmara dos Deputados pelo Distrito Federal: a da própria Bia e a de Alberto Fraga.

“Se quiser legenda, só vai ter para federal. Ela não pode ir contra os interesses do PL. Já temos um acordo com Celina e Ibaneis. Estamos apenas aguardando uma definição da Michelle para consolidar a nossa aliança”, declarou uma fonte da cúpula do partido ao Expressão Brasiliense, sob condição de anonimato.

Na eleição de 2022, Bia Kicis foi um dos destaques da legenda, sendo reeleita com mais de 214 mil votos, a mais votada do DF, e puxando com ela a segunda cadeira da sigla, o que favoreceu Alberto Fraga, que obteve um desempenho pífio considerando a sua trajetória política, conseguindo pouco mais de 28 mil votos.

Segundo o interlocutor, a prioridade do PL é manter as duas cadeiras na Câmara. Sem Bia na disputa, a previsão é de terra arrasada. “O partido não pode perder essas duas vagas. É essencial que a deputada concorra à reeleição”, reforçou.

Bia Kicis é a atual presidente do PL no DF e figura como a grande estrela da propaganda partidária exibida nas emissoras de rádio e TV nos últimos dias. A imagem de mulher combativa e liderança consolidada tem sido explorada pela legenda para atrair novos filiados.

PL quer manter bancada

Hoje, o PL conta com um senador (Izalci), dois federais (Bia e Fraga) e três distritais (Roosevelt, Thiago Manzoni e Joaquim Roriz Neto). A meta é manter todas essas cadeiras e, se possível, ampliar a bancada nas eleições de 2026.

Mas o cenário para o próximo ano não será exatamente o mesmo de 2022. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é a aposta para o Senado. Na Câmara, a ideia seria manter Bia Kicis e abrir espaço para uma disputa entre Izalci e Fraga. Na CLDF, a meta é reeleger os três distritais e tentar emplacar mais um.

Para o PL, tirar Bia da disputa para a Câmara é abrir mão de votos decisivos. “Se você considerar apenas os votos do Izalci e do Fraga em 2022, o PL não alcançaria o coeficiente eleitoral. Eles não têm voto suficiente sem ela. Bia Kicis só irá ao Senado se Michelle não for candidata. E isso ainda precisa ser muito bem conversado. Não adianta ela ficar fazendo barulho nas redes sociais”, alertou a fonte.

Indagado sobre a possibilidade de um dos distritais tentar vaga na Câmara Federal, o interlocutor foi direto: o foco é mantê-los onde estão. “Eles têm trabalho consolidado em suas bases. Não podemos arriscar. O objetivo do PL é ampliar a representação na CLDF”, destacou.

Pelo visto, o anúncio de Bia Kicis sobre sua intenção de concorrer ao Senado colocou a deputada em uma saia-justa dentro do próprio partido. E quem conhece Valdemar Costa Neto sabe: ele não costuma abrir mão de espaço já conquistado e menos ainda romper acordos. Segundo a fonte, a deputada será enquadrada para não atrapalhar as articulações que já estão em curso dentro do PL.

Foto: Reprodução/Google Imagens

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